Agência Brasil

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anuncia reajuste para as Forças Armadas durante entrevista coletiva. Foto: Wilson Dias/Abr

24 de abril de 2008

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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou um reajuste de 47,19% para as Forças Armadas, nesta quarta-feira (23). Segundo Jobim, a folha de pagamento em 2011 será de R$ 39,9 bilhões, o que significa um aumento de mais de R$ 12 bilhões em relação a 2007, quando a despesa com ativos e inativos foi de R$ 27,3 bilhões. Segundo ele, o último aumento dos militares foi em 2006, de 10%.

Os maiores percentuais de aumento serão pagos aos soldados, recrutas e alunos (cadetes e estudantes das escolas preparatórias de cadetes). Cerca de 154 mil soldados e recrutas receberão um reajuste médio de 91%. Considerados isoladamente, os recrutas receberão o maior percentual de aumento, 137,83%.

Atualmente, os recrutas recebem, em média, R$ 207,00 de soldo. Considerados os benefícios financeiros, a média atinge R$ 235,20. Com o reajuste de 100,26% a partir de janeiro último, eles passarão a ganhar, em média, R$ 471,00. Em fevereiro de 2009, os recrutas deverão receber um aumento de 9,32%, o que elevará seus ganhos para R$ 514,00. A partir de janeiro de 2010, os militares dessa faixa deverão estar recebendo R$ 559,00.

Já o menor percentual de reajuste foi o concedido aos oficiais generais, que receberão 16% ao longo de 2008. Oito por cento serão pagos retroativamente a janeiro. Outras duas parcelas de 3,64% cada serão concedidas em julho e outubro. Nos dois anos seguintes, nos meses de julho, os oficiais receberão mais duas parcelas de 8% cada. Segundo os cálculos apresentados por Jobim, a remuneração de um general-de-exército, posto mais alto da hierarquia em tempos de paz, passará dos atuais R$ 13,9 mil para R$ 18,8 mil ao fim de dois anos.

'No final de 2007, eu estava discutindo (com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo) exclusivamente (os aumentos de) 2007 e 2008. Aí veio o problema da (suspensão da cobrança da) CPMF e nós tivemos de esperar até que o orçamento fosse recomposto. Aí evoluímos para uma proposta que chega até 2010. Encontramos uma saída importante, considerando principalmente a recuperação e os ganhos reais da categoria.'

Nelson Jobim, ministro da Defesa

O pagamento dos novos valores ainda dependem da aprovação do Congresso. Jobim disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda está decidindo se envia o pacote por meio de medida provisória ou de projeto de lei. O ministro garantiu que o pagamento dos valores acumulados entre janeiro e a vigência das novas remunerações será feito em uma única parcela.

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