Agência VOA

Michel Temer, presidente do Btasil

12 de maio de 2016

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O Presidente interino do Brasil anunciou através da sua assessoria os nomes dos ministros que integrarão o seu Governo.

Antes, Temer recebeu a notificação para assumir o cargo das mãos do senador Vicentinho Alves, primeiro-secretário do Senado.

"Desejei-lhe sucesso. Disse-lhe as palavras que eu tinha dito anteriormente, de que a expectativa é muito grande, mas que ele tem todas as condições de capacidade, de relacionamento, de dinamismo, para corresponder com a expectativa do povo brasileiro", afirmou o senador, que também notificou Dilma Rousseff da sua suspensão.

Acto contínuo, Temer divulgou o seu novo gabinete:

- Henrique Meirelles, ministro da Fazenda

- José Serra, ministro das Relações Exteriores

- Gilberto Kassab, ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações

- Raul Jungmann, ministro da Defesa

- Romero Jucá, Planeamento, Desenvolvimento e Gestão

- Geddel Vieira Lima, ministro-chefe da Secretaria do Governo

- Marcos Pereira, ministério da Indústria e Comércio

- Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional

- Bruno Araújo, ministro das Cidades

- Blairo Maggi, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

- Mendonça Filho, ministro da Educação e Cultura

- Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil

- Osmar Terra, ministro do Desenvolvimento Social e Agrário

- Leonardo Picciani, ministro do Desporto

- Ricardo Barros, ministro da Saúde

- José Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente

- Henrique Alves, ministro do Turismo

- Ronaldo Nogueira de Oliveira, ministro do Trabalho

- Alexandre de Moraes, ministro da Justiça e Cidadania

- Mauricio Quintella, ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil

- Fabiano Augusto Martins Silveira, ministro da Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU)

- Fábio Osório Medina, Advogacia-Geral da União.

Faltam preencher os cargos de ministro da Integração Nacional e de Minas e Energia

Nem mulheres e nem negros

Entretanto, minutos antes do anúncio do Governo, a imprensa brasileira dava conta que Michel Temer é o primeiro Chefe de Estado desde Ernesto Geisel, que governou entre 1974 e 1979, a ter um Governo sem mulheres.

Temer também pode formar um Governo sem nenhum negro.

Esta realidade acontece num país com mais de 50 por cento de negros e de mulheres.

Para formar a sua equipa, Temer chamou apenas Ellen Gracie, ex-ministra do Supremo Tribunal Federal, para assumir a Controladoria-Geral da União, mas ela recusou o convite.

O vice-presidente chegou a negociar as participações das deputada Mara Gabrilli e Renata Abreu, ambas para a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, mas sem sucesso.

Se não escolher nenhuma mulher para um dos dois ministérios ainda vagos, Michel Temer interrompe a “tradição” de nomear ministras, iniciada pelo general João Figueiredo, que governou entre 1979 e 1985.

Desde então, todos os presidentes indicaram ao menos uma mulher como ministra.

Nos governos do PT a participação feminina foi maior: Lula, entre 2003 e 2011, teve 11 ministras e Dilma, 15.

Nas redes sociais, a possível ausência de uma ministra no Governo Temer foi criticada por internautas, que apontaram a situação como um “retrocesso”.

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