2 de abril de 2021

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A junta militar que governa Mianmar após um golpe de estado perpetrado há dois meses ordenou o encerramento do serviço de internet no país nesta sexta-feira, o que foi recebido com um novo desafio pelos manifestantes antigolpe.

Corajosos, mesmo após as repressões policiais que levaram a morte de mais de 100 pessoas desde 1º de fevereiro, os manifestantes continuaram a protestar nas ruas, fazer greves e a usar as tecnologias que operam sem conexões de rede para divulgarem atos violentos que as forças de segurança perpetraram contra os protestantes e para se organizarem contra o regime militar.

Os serviços locais de internet banda larga sem fio disseram que foram obrigados a encerrar as atividades até um novo aviso do Ministério dos Transportes e Comunicações.

O governo já havia fechado os serviços de telefonia celular e a maioria dos meios de comunicação são agora controlados pelos militares.

Preocupação na ONU

Ontem, o Conselho de Segurança das Nações Unidas repetiu seu apelo pela libertação imediata de todos os detidos em Mianmar, incluindo a Conselheira de Estado Aung San Suu Kyi e o Presidente Win Myint, e pelo fim da violência.

Num comunicado na noite de ontem, o Conselho expressou sua profunda preocupação com a "situação em rápida deterioração" em Mianmar e condenou veementemente o uso de força letal pelas forças de segurança e pela polícia contra manifestantes pacíficos pró-democracia e as mortes de centenas de civis, incluindo mulheres e crianças.

O Conselho também exortou os militares "a exercerem o máximo de contenção" e a todos os lados" a se absterem da violência" e reiterou a necessidade de respeito total pelos direitos humanos e da busca do "diálogo e da reconciliação de acordo com a vontade e os interesses do povo de Mianmar".

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