6 de setembro de 2019

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Tetracampeão mundial de 1994, Mauro Silva seguiu um caminho pouco usual após se aposentar em 2005. É vice-presidente há quatro anos da Federação Paulista de Futebol (FPF). Para chegar lá, foi preciso ir além das 17 temporadas de carreira como jogador.

"Não há como se trabalhar com gestão de futebol sem qualificação", disse Mauro. "Só conhecimento empírico não é suficiente. O mundo exige profissionais qualificados. Estamos falando de educação continuada. A indústria exige isso, e não é só no futebol", completou.

Segundo ele, o gosto pelo estudo surgiu ainda nas categorias de base do Guarani. "Com o que veio após 11 anos de seleção brasileira e 13 atuando na Europa, era claro para mim que precisaria estar me aprimorando. Na época que eu jogava, fazia cursos on-line. Quando parei, continuei estudando gestão, finanças, governança", contou.

Em São Paulo

Na FPF, Mauro tenta mesclar o conhecimento acadêmico com o da carreira no gramado.

"É importante ter uma limitação de elenco. A Fifa está discutindo isso. Se não, o clube se endivida muito além do que é saudável", analisou o ex-volante, que também participou da implantação do registro de contrato de técnico para trabalho no futebol paulista.

"No Brasil, troca-se três vezes mais de técnico que na Itália, país europeu onde isso mais acontece. Se a gente não corrige problemas estruturais e não dá contunidade ao treinador, ele não consegue encontrar um esquema tático inovador, utilizar jogadores da base... Ele não pode jogar a sobrevivência a cada jogo", encerrou.

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