Agência Brasil

Recife, Pernambuco Brasil • 16 de junho de 2009

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O mau tempo em alto mar continua atrapalhando as buscas aos corpos das vítimas do vôo 447 da Air France. Segundo assessores de comunicação da Aeronáutica e da Marinha, tripulantes de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) voltaram a avistar, ontem (15), destroços boiando a cerca de 950 quilômetros de Fernando de Noronha, mas nenhuma vítima.

De acordo com o tenente-coronel Henry Munhoz, do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, as condições meteorológicas têm atrapalhado os trabalhos de busca, que ainda não têm prazo para serem encerrados.

“As buscas continuam por tempo indeterminado. Ainda não há um dia definido para o fim das operações. O que há são as datas para as reuniões em que será definido o planejamento logístico para o tempo em que os trabalhos continuarem”, disse Munhoz, há pouco, em Recife.

Munhoz voltou a explicar que, na quarta-feira (17), os responsáveis pela operação de busca se reunirão para definir se, caso não tenham localizado mais nenhum corpo, as buscas devem prosseguir além da próxima sexta-feira (19). O tenente-coronel adiantou que a previsão é de que as condições de clima e tempo melhorem significativamente ao longo dos próximos dias e que, com isso, a expectativa é de que as buscas, a partir de amanhã, sejam “mais bem-sucedidas”.

Há quatro dias nenhum corpo é retirado do mar por embarcações brasileiras. Na última quinta-feira (11), os militares brasileiros resgataram dois corpos, fazendo com que o número de vítimas encontradas aumentasse para 43. Na ocasião, as duas Forças chegaram a anunciar ter encontrado três corpos, mas a informação acabou sendo corrigida pois, segundo os assessores militares, o terceiro corpo seria, na verdade, um fragmento de cerca de 80 centímetros de algum animal marinho de grande porte.

Na sexta-feira (12), mais seis corpos foram resgatados pela fragata francesa Mistral e transferidos para a fragata brasileira Bosísio, totalizando os atuais 49 corpos. Estas últimas vítimas estão sendo transportadas para Fernando de Noronha, onde a fragata Bosísio deve chegar hoje (16) de manhã.

Segundo o tenente-coronel Henry Munhoz, assim que a Bosísio chegue a cerca de 150 milhas do arquipélago, helicópteros da FAB partirão de Fernando de Noronha para apanhar os corpos e levá-los à ilha, onde serão submetidos a um processo prévio de reconhecimento, depois concluído no Instituto Médico Legal (IML) de Recife.

Mais de mil militares brasileiros estão atuando diretamente nas buscas às 228 vítimas do acidente, ocorrido na noite do dia 31 de maio. Segundo Munhoz, o avião R-99 da FAB, responsável por rastrear a área onde o avião pode ter caído, já vasculhou uma área equivalente a cinco vezes o estado de São Paulo. Além disso, juntas, as aeronaves da FAB estão prestes a completar mil horas de vôo.

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