24 de julho de 2023

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A Polícia Federal (PF) realizou um mandato de prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, que atrapalhou as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson. Uma delação de Élcio Queiroz revelou novos detalhes sobre crime ocorrido em 2018.

“Em relação a execução em si, o Élcio dá os pormenores do que aconteceu desde a chamada do Ronnie [Lessa, ex-policial, que efetuou os disparos] ao meio dia pelo aplicativo de mensagens instantâneas, que se auto deletam após efetivamente lidas. Ronnie chamou o Élcio para a sua residência, chegando lá o Élcio já avistou Ronnie com uma bolsa, ambos se dirigiram ao Cobalt prata na saída do condomínio”, informou Guilhermo Catranby da PF.

Segundo Élcio, eles descobriram que Marielle estava em um encontro com outras mulheres negras naquela noite. “A partir da saída de Marielle, de Anderson e da Fernanda [que estava no banco traseiro], ambos seguiram no Cobalt, emparelharam, e todos sabemos o que aconteceu”, continua Guilhermo.

A arma utilizada no crime foi obtida do Batalhão de Operações Policias Especiais (BOPE) e a fuga também foi revelada. “A rota de fuga ele detalha com minúcias: seguiram pela Leopoldina, pegaram o acesso à Avenida Brasil, dali foram para a Linha Amarela, desceram na última saída da Linha Amarela em direção ao Méier”, revelou.

Após estacionar em frente a casa de sua mãe, o irmão de Lessa recebe a bolsa, ambos chamam um táxi e vão até um bar, o que corroborou na investigação. “É aí o nosso elemento de corroboração mais efetivo, mais contundente. Conseguimos junto à cooperativa de táxi o rastreamento dessa corrida de ambos do Méier até a Barra da Tijuca, local o qual embarcaram novamente”.

Posteriormente, a placa original foi cortada em inúmeras partes e uma nova incluída. Os pedaços foram jogados por um longo trajeto, evitando que fossem encontrados. Após dois dias, o carro foi levado para desmanche; segundo Élcio, Lessa temia que suas digitais fossem encontradas. A arma também foi cortada.

Segundo o delator, ele foi orientado que não pesquisasse pelo nome de Marielle na internet, evitando que fosse rastreado. No entanto, as investigações revelaram que Lessa buscou pelo CPF da vereadora, com objetivo de encontrar sua residência. Élcio só decidiu revelar detalhes quando descobriu que foi enganado.

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