Brasil • 3 de dezembro de 2005

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A Polícia Federal disponibilizou laudos de perícia que atestam a falsidade de 80 mil notas fiscais na contabilidade das agências de publicidade DNA Propaganda e SMPB, de propriedade de Marcos Valério, suspeito de operar o mensalão.

Segundo o laudo contábil da polícia, a SMPB ordenou a impressão de 25 mil notas fiscais falsas e a DNA 55 mil. A polícia não informou quantas dessas notas foram efetivamente emitidas. Muitas delas se referem a pagamentos de empresas públicas como o Banco do Brasil, a Eletronorte e o Ministério do Trabalho.

A polícia identificou ainda três notas falsas emitidas entre 2003 e 2004 para a empresa Visanet. A soma dos valores ultrapassa R$ 60 milhões. As autoridades identificaram outras fraudes, entre elas a falsificação de assinaturas e carimbos, impressão de documentos falsos e alteração dos registros.

A CPI dos Correios disse que analisará esses novos dados da Polícia Federal. Além deles, a CPI espera contar com os documentos enviados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em novembro passado.

Mais de 10 relatórios do TCU apontam indícios de irregularidades nos contratos de publicidade do governo e no Banco do Brasil, e na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Segundo a CPI, os relatórios do TCU comprovam as suspeitas de que vários contratos dos Correios estão corrompidos.

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