23 de março de 2021

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Perda de peso sem razão aparente, anemia, alteração do hábito intestinal (constipação e diarreia) e sangue nas fezes. Estes são alguns dos sintomas que podem estar associados (mas não obrigatoriamente) ao câncer de intestino, um dos tipos mais comuns de câncer entre os brasileiros. O mês de março foi escolhido para promover a conscientização da população sobre essa doença, também conhecida como câncer colorretal ou câncer de cólon e reto.

Denominada de Março Azul-Marinho, a campanha chama atenção para tumores que surgem no intestino grosso, especificamente no final do intestino (cólon e reto). O diagnóstico pode ser feito por exame de sangue oculto nas fezes e colonoscopia.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é que haja, para cada ano do triênio de 2020-2022, cerca de 20.540 casos de câncer de cólon e reto em homens e 20.470 em mulheres.

Entre os fatores de risco para o aparecimento da doença estão: herança genética, obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo exagerado de alimentos processados, carne vermelha e bebidas alcoólicas.

Propostas
Fita azul

Entre as propostas sobre o assunto que tramitam no Senado está o PL 5.024/2019, projeto que fixa em lei que março é o mês de conscientização sobre o câncer de cólon e reto, além de estabelecer que o governo federal realizará campanhas informativas sobre essa enfermidade. Proveniente da Câmara dos Deputados (onde tramitou como PL 3.842/2015), a proposta tem como relatora a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), que é médica.

— O câncer colorretal costuma ser silencioso e, por isso, a maioria só o descobre quando ele está avançado. Daí a importância de dar maior visibilidade à questão, estimular a prevenção e informar as pessoas sobre a doença. Um mês dedicado a isso é uma boa oportunidade para esses debates — afirmou Zenaide à Agência Senado.

Também está em análise no Senado o PL 6.554/2019, que trata das ações de saúde que asseguram a prevenção, a detecção, o tratamento e o acompanhamento dos cânceres do colo uterino, de mama e colorretal no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O texto atualmente em tramitação, que é um substitutivo apresentado pela Câmara dos Deputados ao projeto original, tem como relator o senador Marcelo Castro (MDB-PI), que é médico.

— É um dos cânceres mais frequentes: aqui no Brasil é o terceiro mais frequente entre os homens e o segundo mais frequente entre as mulheres — destacou Castro, que reiterou a importância da ação preventiva "por meio de uma alimentação saudável, sobretudo com verduras e frutas, que têm muitas fibras, e por meio de exames periódicos", além da conscientização para a importância do tratamento precoce, "que aumenta muito o índice de cura".

A senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE) também apontou a relevância da prevenção por meio de exames e testes, que é fundamental para que a doença seja descoberta ainda no seu início, tornando mais fácil a cura e o tratamento. Assim como Marcelo Castro, ela lembrou que o câncer colorretal está entre os mais comuns no Brasil. 

— Destacamos a campanha de conscientização Março Azul-Marinho para estimular a prevenção contra o câncer colorretal e ressaltar a importância de conversar com um médico quando a pessoa perceber mudanças nos hábitos intestinais, perda de peso ou cansaço excessivo. A conscientização é muito importante para salvar vidas, e o diagnóstico precoce ainda é o melhor aliado para se obter sucesso no tratamento — disse a senadora.

Fontes