Agência VOA

2 de janeiro de 2019

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Chefe da diplomacia angolana encontrou-se com o seu homólogo brasileiro Ernesto Augusto

O ministro angolano dos Negócios Estrangeiros, Manuel Augusto, considerou que o fato de existir um novo Presidente no Brasil não afetará as relações com Angola, no final de uma reunião em Brasília com o seu colega brasileiro, Ernesto Araújo.

O chefe da diplomacia angolana revelou que o seu homólogo Ernesto Araújo assegurou-lhe o desejo de manter as relações não só com Angola, mas com toda a África.

"Acabei de vir de uma reunião em que o chanceler reafirmou o desejo de dar prioridade à cooperação com a África, no caso específico de Angola ficou traduzido: os senhores jornalistas viram quem é que se seguiu a mim na audiência com o chanceler", sinalizou o diplomata em referência ao fato de o secretário de Estado americano Mike Pompeo ter sido recebido pelo ministro brasileiro depois.

Em declarações a jornalistas após o encontro, Manuel Augusto minimizou declarações da campanha eleitoral que terão sido interpretadas como uma redução do interesse do novo governo brasileiro para com os países africanos.

Ele disse que “existe um discurso de campanha, mas o Brasil é um país muito importante para o mundo”.

“Vamos continuar a trabalhar para melhorar as relações entre o Brasil e a Angola, que já são excepcionais”, sublinhou Manuel Augusto, para quem os dois países têm “um grande potencial econômico que pode ser mais explorado”.

O chefe da diplomacia angolana acrescentou que, durante o seu encontro com o ministro brasileiro, foi também discutida a luta contra a corrupção que, segundo ele, é uma prioridade do Presidente Jair Bolsonaro e do Governo de João Lourenço.

Augusto revelou que os dois países poderão também colaborar na área do combate à imigração ilegal.

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