17 de março de 2015

Manifestantes fora da MVS Radio.
Imagem: ProtoplasmaKid.
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Cartazes em apoio à jornalista.
Imagem: ProtoplasmaKid.
O ativista e escritor Paco Ignacio Taibo II dando uma mensagem na concentração.
Imagem: ProtoplasmaKid.

Cerca de três mil manifestantes foram para o local da Noticias MVS na Avenida Mariano Escobedo da Cidade do México para protestar contra a demissão da jornalista Carmen Aristegui, ocorrido no domingo 15 de março. Durante o protesto foram entregues 170 mil assinaturas de apoio o fato a Gabriel Sosa Plata, defensor da locutora de empresa de rádio.

O grupo de pessoas gritavam "¡Todos somos Carmen!" em solidariedade com a comunicadora de 51 anos. Então, depositaram diante a porta fechada da estação caixas com assinaturas contra a medida tomada pela MVS contra a jornalista, que ostenta desde há anos ser a mais escutada em rádio em noticiários matutinos no país, além de ter tratado temas polêmicos diretamente a mais 12 anos.

Dentro do espaço radiofônico cancelado, Aristegui revelou assuntos sensíveis. O último foi uma extensa reportagem sobre uma casa com 7 milhões de dólares adquiridos por Angélica Rivera, esposa do presidente Peña Nieto. A propriedade foi comprada da construtora Grupo HIGA, beneficiada durante a gestão de Peña Nieto como governador do Estado do México com contratos milionários e participante na licitação do trem da Cidade do México para Querétaro, na qual seria cancelada antes do escândalo. Dito tema levaria a uma série de fortes críticas dentro e fora do México.

Na opinião do escritor e ativista, Paco Ignacio Taibo II, a ação tende a censura e pela liberdade de expressão no México. "Eles não podem tapar o sol com um dedo. Ninguém vai acreditar que temos um conflito no ambiente de trabalho. Enfrentamos a guilhotina que pretende baixar e cortar a liberdade de expressão neste país", disse ele. Mais tarde, Gabriel Sosa Plata, advogado da ouvinte da empresa radiofônica, se diz estranha diante a reação exagerada da MVS no tratamento dado a Aristegui quando frequentemente ocorrem condutas piores dentro dos conteúdos dos programas do dito meios, como posturas sexistas, misóginas e inclusive programas abertamente promocionais.

Os manifestantes convocaram finalmente a uma nova mobilização a favor de Carmen Aristegui no próximo 26 de março.

Fontes

 
Reportagem original
Esta notícia contém reportagem original de um Wikicolaborador.
 
Wikipédia