Agência Brasil

9 de outubro de 2009

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Os apoiadores do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, tomaram ontem (8) a avenida em frente ao hotel onde ocorreram as negociações intermediadas pela Organização dos Estados Americanos (OEA) para tentar por fim à crise no país.

Neste momento, a polícia de choque bloqueia o avanço dos manifestantes que pedem a imediata restituição de Zelaya ao poder. “Manuel Zelaya deve voltar ao poder até o dia 15 de outubro, caso contrário não haverá eleições e será muito perigoso. A violência poderá aumentar”, disse o líder do movimento de resistência ao golpe de Estado, Rafael Alegria.

O protesto começou poucos minutos depois da leitura da declaração que apontou como único resultado efetivo das conversas a criação de uma mesa de diálogo entre o grupo do presidente deposto e o grupo do presidente interino, Roberto Micheletti. Os diplomatas e os emissários dos dois lados não conseguiram avançar no ponto central da negociação, o retorno de Zelaya ao poder.

Na quarta-feira (7) à noite, durante reunião com integrantes da OEA, Micheletti assegurou que só sairá do poder se Zelaya não retornar.

Segundo o comando da polícia, o decreto que impede manifestações com mais de 20 pessoas continua vigorando, mesmo depois de o presidente ter anunciado na última segunda-feira (5) que o decreto estava inteiramente revogado.

Ainda de acordo com a polícia, o decreto só perderá validade quando a decisão for oficializada em publicação no diário oficial do país, o que ainda não ocorreu. As emissoras de rádio e TV que fazem oposição ao governo golpista prosseguem fechadas.



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