20 de julho de 2006

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Apesar de o governo dos EUA apoiar Israel e ter várias reservas quanto à atuação do grupo Hizbollah, considerado terrorista por Washington, na América há muitas pessoas que demonstram abertamente simpatia pelo radical grupo árabe.

Um dessas demonstrações de simpatia ocorreu na quinta-feira passada (13) . Nesse dia, simpatizantes do Hizbollah diziam palavras de ordem como: "Preto, vermelho, marrom, branco! Nós apoiamos a luta do Hizbollah!" e: "Preto, vermelho, verde, azul! Nós apoiamos o Hamas também!", em frente do Consulado de Israel, em San Francisco na Califórnia.

Este protesto foi organizado por: Al-Awda, que defende a substituição de Israel por um Estado palestino; A.N.S.W.E.R [1], um grupo comunista; e por uma coalizão de outros grupos islâmicos e socialistas.

Nesta última quarta-feira (18), um protesto semelhante aconteceu em Nova Iorque quando manifestantes da Islamic Thinkers Society [2] e outros grupos anti-Israel carregaram cartazes de protesto defronte o Consulado de Israel, nesta cidade.

Muitos americanos que estão no Líbano apóiam o Hizbollah. Geralmente esses cidadãos têm dupla nacionalidade: americana e libanesa e a maioria é xiita. Alguns são imigrantes ilegais que se tornaram cidadãos americanos através de brechas na lei ou por causa de pressão política.

Dos 25 mil americanos com green-card no Líbano, pelo menos 7 mil são de Dearborn, Michigan, um dos principais centros de islamistas nos EUA. Desses 7 mil, a maioria é xiita e apóia abertamente o Hizbollah.

Segundo Debbie Schlussel, advogada, comentarista política conservadora e colunista do New York Post e Jerusalem Post, entre esses que apoiam o Hizbollah está Mohammed Ali Elahi, o imã e fundador de uma das maiores mesquitas dos EUA: a Islamic House of Wisdom. Elahi, que foi conselheiro espiritual para a marinha iraniana do Ayatollah Khomeini, embarcou nos EUA durante a década de 1990, com um visto de visitante para dar uma palestra numa mesquita em San Francisco.

De acordo com Schlussel , numa publicação da Islamic House of Wisdom, Elahi aparece numa foto de maio de 2005 com orgulho ao lado do xeque Mohammed Fadlallah, líder espiritual do Hizbollah.

Vários freqüentadores da mesquita de Elahi já foram condenados por envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para o Hizbollah. Talal Chahine, proprietário de restaurante, foi condenado por evasão de divisas e por ter lavado cerca de 20 milhões de dólares para o Hizbollah. O filho dele, Khalil Chahine, foi condenado pelo assassinato de Paulo Hallis, um cristão libanês que teve um envolvimento amoroso com sua ex-namorada.

Elahi repetidamente vezes disse que Israel era quem estava por trás dos Ataques de 11 de setembro de 2001, visto que, segundo ele, muitos judeus não teriam comparecido ao trabalho no dia em que o World Trade Center foi destruído.

Referências

Fontes