Agência VOA

Província de Malanje, Angola.
Localização de Malanje.

Governador não gostou dos dados.

3 de fevereiro de 2015

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As aulas em todas escolas do ensino geral e técnico profissional em Malanje para o ano lectivo 2015 devem iniciar esta terça-feira, no momento em o sector da educação regista um défice de três mil professores.

O director da Educação na província Gabriel Alexandre Boaventura garantiu que na região existem 3.820 salas de aula, distribuídas por mais de três mil do ensino primário, cerca de 500 do primeiro ciclo do ensino secundário, 153 do segundo ciclo do ensino secundário geral e 23 do ensino técnico profissional.

A carência de professores é gritante para 377 mil alunos inscritos para este ano, em que os 8.005 professores, dos quais 4.348 são auxiliares do ensino primário, 1.166 diplomados do ensino primário, 2.245 diplomados do primeiro ciclo do ensino secundário e 246 do segundo ciclo do ensino secundário.

Boaventura sublinhou que “o défice de professores exigirá a todo o profissional da educação, independentemente das funções administrativas que desempenhem, prestem serviço adicional à docência”.

Mais de 40 mil novos alunos vão frequentar as aulas nos períodos da manhã e tarde em 547 novas salas de aula. Trezentos e dois mil alunos foram matriculados no ano lectivo 2014 na província de Malanje.

Apesar dos esforços do Governo no sector da educação, precisa-se uma contra-medida pare equilibrar a discrepância entre o número de alunos que terminam o ciclo de formação e a correspondente competência.

O governador de Malanje, Norberto Fernandes dos Santos não gostou do que ouviu, a nível das estatísticas proferidas pelo responsável da Educação, que dá conta de um aproveitamento escolar, cifrado em 83% do ensino primário, 76% no primeiro ciclo do ensino secundário, 87% no segundo ciclo do ensino secundário geral, 76% do ensino técnico profissional e 84% no ensino de adulto.

Ele disse que os resultados “indicam um progresso considerável nesse domínio, entretanto, continua a ser preocupante a discrepância entre os resultados académicos e as competências desenvolvidas pelos alunos, o que, uma vez mais, impõe uma reflexão à volta da qualidade da aprendizagem”.

Norberto Fernandes dos Santos apelou ontem na escola do II ciclo do ensino secundário Eiffel, ao “empenho de todos os agentes educativos para a racionalização e optimização dos recursos que o Estado investe, assegurando a formação das jovens gerações com a qualidade almejada nos prazos concebidos para os seus diferentes ciclos”.

Refira-se que nos últimos quatro anos, a merenda escolar é distribuída apenas aos alunos dos municípios do interior, com excepção da sede capital e sem quaisquer pronunciamentos oficiais sobre o destino dado ao dinheiro disponibilizado pelo Governo para o efeito.

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