23 de julho de 2024

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

A falta de chuva colocou pouco mais de 30.000 pessoas no município de Rivungo e outras 28.000 em Mavinga em situação de fome na província de Cuando Cubango em Angola, há dois anos que não chove com regularidade. A falta de alimentos surge em consequência dos efeitos das alterações climáticas, em particular, a seca que afeta a região.

O Rei Mwene Vunongue, rei dos Nganguelas em Menongue, em declarações à Voz da América na manhã de terça-feira, 23, disse que a situação da seca é agravada pela desflorestação.

"Há desmatamento resultante desses negócios de madeira e de carvão e isso também prejudica”, disse, acrescentado que muito dos negócios da madeira envolvem cidadãos chineses. “Mas os tais chineses não são culpados, porque o chinês não conhece o espaço que aqui tem madeira”, afirmou.

Vunongue disse ainda que apesar da situação dramática que se vive “Deus sempre dá oportunidade porque nunca houve pessoas que morreram à fome"

Segundo o rei dos Nganguelas em Menongue as autoridades do estado "estão preocupadas" e têm atuado no sentido de tentar minimizar a situação das pessoas em localidades mais afetadas. "O governo tem apoiado, é verdade, tem um programa e tem ajudado mesmo", declarou.

João Calitangui, da Igreja Evangélica Congregacional de Angola, disse que o caso da fome é "dramático" e "visível". "Há muita fome. Nós vimos que as pessoas vão à mata à procura de frutos silvestre para se alimentar", contou.

No Município do Rivungo, segundo Wilson Tchimbingui, administrador local, mais de trinta mil pessoas vivem em situação de insegurança alimentar degradante. "São 31.000 pessoas em situação de vulnerabilidade e pobreza extrema", disse.

Procuramos ouvir o Governador do Cuando Cubango, mas sem sucesso.

Fontes

editar