11 de julho de 2006

Mapa da linha ferroviária que mostra o local das explosões.
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Sete bombas explodiram nesta terça-feira (11) em várias estações ferroviárias locais na cidade de Mumbai, Índia, entre 18h24 e 18h35 IST (GMT+5:30).

A primeira explosão ocorreu no compartimento de primeira classe de um trem que ia de Churchgate para Borivali, perto da estação Khar. As explosões subseqüentes ocorreram nas estações de Bhayandar, perto de Mira; Estação de Mahim, Matunga, Jogeshwari e Borivali. Uma sétima explosão ocorreu no metrô de Khar-Santacruz. As linhas telefônicas locais em Mumbai ficaram congestionadas. Segundo o The Press Trust of India funcionários ferroviários disseram que as sete explosões visavam destruir os carros da primeira classe. Uma oitava bomba foi mais tarde neutralizada na estação de Borivali.

Segundo um relatório oficial preliminar, sujeito a alterações, pelo menos 183 pessoas morreram e mais de 714 ficaram feridas nas explosões. A polícia conduz buscas em todas as partes da Índia atrás dos responsáveis pelos ataques. Os funcionários de Mumbai disseram que as explosões foram um ataque deliberado. O Ministro Shivraj Patil disse que as autoridades "sabiam" que um ataque estava para acontecer, "mas o lugar e a hora eram conhecidos". As fortes chuvas de monção dificultaram os serviços de emergência e resgate das vítimas.

A capital Nova Deli foi colocada em estado de alerta. Os aeroportos do país estão também em alerta máximo, assim como outros prédios importantes de Mumbai. O sistema de trens de Mumbai foi suspenso e foi feito um apelo para que o público fique longe das estações de trem da cidade.

O Primeiro Ministro Manmohan Singh convocou uma reunião de emergência e declarou que as bombas que têm explodido na Índia ultimamente são "tentativas chocantes e covardes de estender uma sensação de medo e terror" entre a população. O principal partido de oposição do país, BJP, disse que o perigo de terrorismo foi causado pela atual política do governo.

Ninguém assumiu a responsabilidade pelos atentados. O ataque tem as características e modus-operandi de grupos terroristas Islâmicos caxemiros, como o Lashkar-e-Toiba. O grupo é conhecido por ter já atacado cidades indianas com bombas anteriormente. O serviço de inteligência da Índia|, alega que este ataque, como também os ataques de granada que ocorreram antes em Jammu e na Cachemira foram usados para distrair a atenção das eleições que estão marcadas para a Cachemira paquistanesa.

Na segunda-feira (10) um importante fornecedor terrorista de explosivos foi detido pelas autoridades em Jangpura, depois de um aviso. A polícia recuperou 2 quilogramas de RDX, um explosivo largamente usado pelos militares. A polícia está a interrogá-lo para descobrir se ele teve algo a ver com as recentes explosões.

Fontes