Agência VOA

19 de maio de 2018

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Três novos casos do virus do ébola foram confirmados na República Democrática do Congo, de acordo com o ministro da Saúde do país.

O ministro Oly Ilunga disse no final do dia de ontem, 18 de Maio, os casos deste virus letal foram confirmados na cidade Mbandaka. Estes não são os primeiros casos nesta cidade de 1 milhão e 200 mil pessoas, dias antes um outro caso já havia sido confirmado.

Segundo Ilunga, foram identificados 43 casos de febre hemorrágica na região, 17 dos quais confirmados, 21 prováveis e cinco suspeitos.

A Organização Mundial de Saúde das Nações Unidas, OMS, negou declarar o surto uma situação de saúde de emergência internacional, mas disse que o risco de disseminação do vírus no país é muito alto.

A OMS disse haver também um alto risco de que o vírus chegue aos nove países vizinhos do Congo Democrático, mas não recomendou restrições de viagens ou de trocas comerciais na região.

Uma nova vacina, experimental, deverá ser administrada no início da próxima semana. A vacina foi eficaz na África ocidental, alguns anos atrás.

Quatro mil doses já estão na República Democrática do Congo e mais doses estão a caminho.

As autoridades de saúde congolesas enfrentam agora o desafio de conservar a vacina, num país tão grande quanto as parcas condições em termos de infra-estruturas.

Este é o nono surto de ébola em mais de 40 anos. Os mais recentes surgiram em áreas rurais. A capital, Kinshasa, com mais de dez milhões de pessoas, teve dois surtos, que foram rapidamente controlados.

Não há tratamento específico para o vírus, que é letal e altamente contagioso

Este vírus é da mesma estirpe que se espalhou por três países da África ocidental durante dois anos, no início de 2013, criando pânico global.

Quando o vírus foi finalmente controlado, já tinha matado mais de 11 mil e 300 pessoas, tornando-o o surto de ébola mais mortal de sempre.

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