26 de outubro de 2020

Nova sede do Tribunal Superior Eleitoral, Brasília
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Os dados mais recentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) comprovam a importância do eleitorado feminino para a política brasileira. Dados de setembro de 2020 mostram que as mulheres são hoje 52,6% dos eleitores, enquanto os homens são 47,4%.

Quando se trata do nível de instrução, as mulheres são a maioria entre os eleitores de nível superior completo: 60,9%, contra 39,1% dos homens. Entre quem tem nível superior incompleto, as mulheres representam 55% desse grupo, enquanto os homens representam 45%.

As mulheres também são maioria entre os eleitores com ensino médio completo: 55,4% a 44,6%.

Os homens passam a ser a maioria entre os eleitores com nível médio incompleto (50,8% a 49,2%), ensino fundamental completo (50,4% a 49,6%) e ensino fundamental incompleto (50,7% a 49,3%).

Poucas eleitas

Apesar de ser maioria entre os eleitores e também entre os eleitores com grau de instrução formal maior, as mulheres não traduzem essa tendência em termos de participação política. Isso foi comprovado no processo eleitoral mais recente, em 2018, quando apenas uma mulher se elegeu governadora entre as 27 unidades da Federação. Foi Fátima Bezerra (PT), no Rio Grande do Norte.

Em 2018, apenas seis candidatas foram eleitas para o Senado (11,5% do total das 54 vagas disputadas nesse ano). Para a Câmara dos Deputados, foram eleitas 77 deputadas federais (15% do total). Nos estados, elegeram-se 161 deputadas estaduais (15,5%). No Distrito Federal, foram eleitas três deputadas distritais (12,5%). Esse números são muito inferiores, inclusive, à cota mínima de 30% de candidaturas femininas por partido, que existe desde 1997 (Lei 9.504, de 1997).

O cenário foi o mesmo nas eleições de 2016 para prefeitos e vereadores. Dos 5.570 municípios brasileiros, foram eleitas apenas 636 prefeitas (11,42% do total) e 7.816 vereadoras (cerca de 13,5% do total).

Fontes