16 de outubro de 2023

Maduro
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O presidente venezuelano conversou por telefone com o líder da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, após o que anunciou um plano de “apoio direto e constante ao povo palestino”. Ambos os líderes apelam a um cessar-fogo imediato no conflito Israel-Hamas.

Numa mensagem na sua conta no X (anteriormente conhecido como Twitter), Maduro disse que informou Abbas sobre o envio de assistência humanitária nos próximos dias para Gaza “como parte do início de um plano de apoio direto e constante ao povo palestino”.

Essa ajuda chegaria ao local “através dos canais humanitários estabelecidos”, disse Maduro, que promove a causa palestiniana há anos, mesmo durante o seu tempo como parlamentar e chanceler no governo do falecido Hugo Chávez.

Maduro acrescentou na rede social que a situação na Faixa de Gaza “é terrível” e mencionou “os ataques indiscriminados à população civil por parte de Israel”.

Neste domingo, o Ministério da Saúde de Gaza relata 2.670 palestinos mortos na guerra entre o Hamas e Israel, a mais mortal para os palestinos. Um quarto dos mortos são crianças, enquanto quase 10 mil estão feridos e 1.000 pessoas estão desaparecidas, que se acredita estarem sob os escombros.

Segundo o chefe de Estado venezuelano, os ataques de Israel causaram “milhares de mortos e feridos, o que ultrapassou a linha do respeito pelo direito humanitário internacional e viola os acordos internacionais que regem a matéria”.

Abbas, segundo Maduro, informou-o “em detalhes” sobre os acontecimentos em Gaza. Comentou ainda que, na sua opinião, a Autoridade Nacional Palestiniana está “comprometida com a paz, o diálogo e o respeito pelos acordos assinados entre as partes”.

O dignitário venezuelano garantiu que Israel ignorou “sistematicamente” estes acordos. “Concordamos em exigir um cessar-fogo imediato e o estabelecimento de um canal humanitário de assistência à população”, disse Maduro.

Além disso, Maduro disse ter manifestado a sua esperança no “restabelecimento da legalidade internacional, através do cumprimento das resoluções da Organização das Nações Unidas e do respeito pelos compromissos das partes”.

Ele disse ter discutido com Abbas a ideia de “uma grande conferência mundial em favor da paz e do restabelecimento da legalidade internacional”.

Essa conferência, promovida pelo Egito e pela China, teria entre os seus objetivos um apelo para “parar imediatamente a agressão militar contra civis” e reivindicar “os direitos do povo palestino”.

Fontes