Recife, PE, Brasil • 4 de março de 2009

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A gravidez de gêmeos de uma menina de 9 anos, que foi estuprada pelo padrasto em Alagoinha, na região agreste de Pernambuco, foi interrompida nesta manhã, no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, da Universidade de Pernambuco (UPE). A informação foi confirmada pela diretora-geral da unidade de saúde, Fátima Maia.

Segundo Fátima, a menina recebeu na noite de ontem um medicamento que provoca contrações no útero e expeliu os dois fetos por volta das 10h. A diretora-geral informou que o procedimento segue o protocolo do Ministério da Saúde em casos de gravidez de risco ou quando a gestante foi vítima de estupro:

Ela é muito pequena. O útero não tem estrutura para segurar uma, ainda mais de duas crianças.

Fátima Maia

De acordo com o hospital, a gravidez era considerada de risco, já que a menina pesa 36 kg e mede 1,36 m. A recomendação médica era que a gravidez não fosse prosseguida por conta dos riscos que a garota corria por não ter o corpo 100% desenvolvido aos 9 anos de idade. "Nós entendemos que a menina se encaixava nos dois casos de protocolo recomendado pelo Ministério da Saúde: abuso sexual e gravidez de risco", disse Cabral.

A informação do hospital é de que a menina passa bem, mas que até o início da tarde desta quarta-feira ainda se encontrava no centro cirúrgico, onde deve ficar por mais algumas horas até que a vítima de abuso se encontre preparada para curetagem uterina (limpeza do útero). O procedimento é feito para retirar os restos de sangue e placenta, evitando o risco de infecções.

Um medicamento foi usado no procedimento abortivo, fazendo com que o útero da gestante se contraia e expulse o feto, no caso da garota, os dois.

Igreja Católica

Apesar de a Igreja ter tentado interferir, o aborto foi concedido pela mãe da garota.

O acerbispo de Recife e Olinda ainda tentou que o aborto não fosse realizado.

Segundo ele, o aborto é um crime passível de excomunhão. Ele se reunirá com advogados para analisar a situação.

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Fontes