2 de fevereiro de 2020
Foi divulgado na sexta passada, pelo Governo de Luxemburgo, um informe encomendado pelo primeiro-ministro Xavier Bettel. O informe foi conduzido por Jeannot Waringo, ex-diretor da Inspeção Geral de Finanças, que por vários meses acompanhou o funcionamento da Corte Grão-Ducal, tendo realizado diversas entrevistas com os atuais e ex-empregados da corte luxemburguesa. “Notei que muitos não estavam felizes e tinham medo de falar”, informou ele no relatório, que também enfatizou que todas as decisões tomadas em relação aos recursos humanos estão nas mãos da Grã-Duquesa Maria Teresa, que “deveria ter apenas um papel representativo”, segundo ele.
Entre as sugestões propostas por Waringo estão que, a partir de agora, as decisões relativas à contratação e demissão de empregados sejam feitas pelo Grão-Duque Henrique, com o aval do primeiro-ministro, que a Corte Grão-Ducal passe a apresentar, anualmente, um relatório mais detalhado de seus gastos e que o website oficial em nome de Maria Teresa seja extinto ou que passe a ser pago com recursos privados.
O que levou ao Informe Waringo?
Durante os anos de 2016 e 2019, cerca de 50% dos empregados da Corte Grão-Ducal mudou, sendo que boa parte deles foi demitida ou se demitiu. Isto levantou suspeitas de que o motivo fosse o temperamento da Grã-Duquesa, a cubana Maria Teresa, que se casou com o Grão-Duque há quase 40 anos, quando ele ainda era apenas o Príncipe Herdeiro do trono.
Após o Informe Waringo ser divulgado, a Corte Grão-Ducal anunciou que fará os principais ajustes recomendados.
Fontes
Grã-Duquesa demasiado presente nas decisões da corte grã-ducal, Wort, 31 de janeiro de 2020.
El informe Waringo retrata el “miedo” y la “ansiedad” del personal del palacio de Luxemburgo, El País, 31 de janeiro de 2020.
Esta página está arquivada e não é mais editável. |