Agência Brasil

Teresina, Piauí • 5 de maio de 2009

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobrevôou hoje (5) áreas alagadas do Piauí acompanhado do governador do estado, Wellington Dias, e do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima.

Após o sobrevôo, o presidente visitou desabrigados pelas enchentes na capital, Teresina, e se reuniu com prefeitos de municípios atingidos. No encontro, Lula disse que a prioridade é retirar as pessoas que estão em lugares de risco, cuidar da alimentação e da saúde.

O segundo passo, de acordo com ele, é fazer um levantamento dos prejuízos e recursos necessários para recuperar os estragos, assim que as águas começarem baixar.

“Não adianta desespero. Nesta hora, é como tratar de uma pessoa que chegou baleada no hospital: a primeira medida é estancar o sangue, depois retirar a bala”, comparou Lula.

Sobre a burocracia na liberação de recursos da qual se queixam os governantes, Lula afirmou que o melhor meio de fazer o dinheiro fluir é apresentar projetos objetivos para a obter o recurso.

“Quero dizer para vocês, com minha experiência de seis anos e pouco na Presidência, o que faz facilitar a liberação de recursos não é emergência, é o projeto. É ele que faz com que o dinheiro possa fluir com muito mais facilidade”.

A Defesa Civil vai liberar recursos para os dois estados: R$ 26 milhões para o Piauí, em seis parcelas, e R$ 16 milhões para o Maranhão, em três parcelas.

Ainda sobre a burocracia, Lula disse há erros de parte do governo federal, mas que as dificuldades vêm principalmente de leis do Congresso. “Tem muito erro da parte do governo federal na burocracia que não depende de quem é ministro, depende das leis que o Congresso criou para achar que estava fiscalizando e estava criando uma série de dificuldades”, disse.

Números divulgados na manhã de hoje (5) pela unidade da Defesa Civil do Piauí informam que cerca de 7.220 famílias foram atingidas pelas enchentes em 21 municípios, o que totaliza aproximadamente 36.100 pessoas. Na capital do estado, Teresina, são 2 mil as famílias atingidas, o que representa 10.035 pessoas.

Por medida de segurança, o governador anunciou hoje a suspensão temporária das aulas na rede pública do estado.

À tarde, o presidente Lula visita o Maranhão, onde também sobrevoa áreas alagadas e se reúne com autoridades locais na capital, São Luís. No estado, 112 mil pessoas foram afetadas pelas enchentes em 41 municípios.

Até agora, seis pessoas morreram por causa dos alagamentos provocados pelas fortes chuvas no Maranhão. Os desabrigados somam, no estado, cerca de 20 mil pessoas. A estimativa do governo é de que 794 quilômetros de estradas estejam danificados no Maranhão.

A Secretaria Nacional de Defesa Civil disponibilizou cestas de alimentos para Maranhão e Piauí, além de kits com materiais como colchões, cobertores e toalhas. Serão distribuídos também filtros de água e lona.

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