Agência Brasil

Brasília, Distrito Federal, Brasil • 17 de agosto de 2009

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A intenção de ampliar as relações comerciais entre México e Brasil foi assunto dominante nas declarações à imprensa feitas pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do México, Felipe Calderón, após reunião.

Lula observou que as trocas comercias entre México e Brasil ainda ocupam pequena parcela no comércio dos dois países e que há grande potencial para que sejam ampliadas. “As pautas de exportação são pouco elaboradas, os acordos de preferência comercial são restritos e acanhados. Por isso, estamos empenhados em ampliar o acordo comercial entre Brasil e México”, disse.

O mexicano disse que compartilha da visão de Lula de intensificar o comércio entre os dois países e que eles acordaram em acelerar essa aliança. Perguntado pela imprensa brasileira sobre qual a dificuldade em negociar uma área de livre comércio entre Brasil e México, Calderón respondeu estar convencido de que os dois países se beneficiariam da ampliação do mercado, mas que ainda há setores sensíveis e resistências a esse tipo de acordo.

“Há muitas resistências a vencer e creio que muitas delas são ideológicas, outras derivam do muito que falta aos mexicanos conhecer o Brasil e seu potencial.” Ele afirmou que o crescimento acelerado necessário para superar a crise financeira global virá das economias em desenvolvimento e falou sobre a intenção do México de ampliar o leque de parceiros econômicos, a fim de evitar a dependência de uma só região.

Calderón afirmou que a dependência fundamental da economia norte-americana é um dos fatores que explica o motivo de o México ter sido tão afetado pela crise global.

Lula e Calderón reafirmaram a importância da manutenção da democracia na América Latina e defenderam o retorno do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, ao poder. “A América Latina tem um desafio inadiável, o de contribuir para que a democracia em Honduras seja restaurada. Com esse propósito, México e Brasil tomaram posição firme a favor do retorno imediato e incondicional do presidente Zelaya a Tegucigalpa”, disse Lula.

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