Agência Brasil

12 de novembro de 2008

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O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva vai defender, no próximo sábado (15), na reunião do G20, o lançamento de bases para a regulação da atividade financeira mundial, posição que tem manifestado regularmente desde o início da crise. A reunião dos 20 países em desenvolvimento será em Washington D.C., capital norte-americana, e terá como tema a crise internacional e suas conseqüências.

É preciso que a reunião de Washington lance as bases para a construção de arcabouço eficaz e abrangente de regulação e supervisão da atividade financeira, seja com a revisão do papel dos organismos existentes, seja com a criação de novos mecanismos

—Marcelo Baumbach, porta-voz da Presidência da República

Ontem (11), durante visita à Itália, Lula disse que não se pode esperar muito do encontro, que será apenas o primeiro passo para reforma das instituições. Baumbach reforçou que, embora não se esperem soluções definitivas, será a oportunidade para iniciar o debate e a construção de consensos em torno de princípios a serem adotados para enfrentar a crise financeira.

Segundo o porta-voz, Lula vai se posicionar no sentido de que seja reconhecida a “necessidade de aumentar a participação dos países em desenvolvimento nos mecanismos decisórios da economia mundial”.

A Rodada Doha será tema de almoço oferecido pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, aos participantes do encontro. Para o presidente brasileiro, tal iniciativa é uma oportunidade de novo impulso para as negociações da Rodada.

“O presidente considera que a maior abertura do comércio mundial é uma das melhores medidas anticíclicas que poderemos tomar. E pode ser ferramenta poderosa no combate à crise”, concluiu Baumbach.

Lula chegará a Washington sexta-feira (14). Durante o dia, terá encontros com o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, e com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Estão previstas também audiências com líderes sindicais e aguardam confirmação encontros com os primeiros-ministros do Japão e do Reino Unido.

Ainda na sexta-feira poderá ocorrer uma reunião de cúpula do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China.

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