8 de fevereiro de 2023

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Nesta terça-feira, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizou repetidos ataques ao Banco Central (BC) e seu presidente, Roberto Campos Neto.

Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom), subordinado ao BC, manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano. Lula criticou a alta taxa: "É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juros e a explicação que eles deram para a sociedade brasileira".

Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a escolha do presidente do Banco Central deixou de ser responsabilidade do Presidente da República. Lula criticou também essa mudança.

“Naquele tempo que o Meirelles era do Banco Central, era fácil jogar a culpa no presidente da República. Agora não. Agora a culpa é do Banco Central, porque o presidente não pode trocar o Banco Central. É o Senado que pode mexer ou não”, afirmou ele.

O presidente afirmou que pressupõe "boa fé" de Roberto Campos, mas esperava que ele "acompanhe" a situação econômica. “Só que eu espero que o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad esteja acompanhando, que a Simone [Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento,] esteja acompanhando e espero que ele próprio esteja acompanhando a situação do Brasil”, afirmou.

As declarações repercutiram, causando valorização do dólar. Segundo a imprensa brasileira, os ministros do governo Lula pediram que ele amenizasse o conflito.

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