Agência VOA

Acusação é de camponesas do Quilómetro 44.

10 de dezembro de 2014

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Tiraram-lhes a terra em troca de promessas vazias, acusam mais de 200 camponesas da zona do quilometro 44, Icolo e Bengo, reclamam pelas suas lavras destruídas há dois anos na área de Mbanza Quitele por elementos ligados à Administração local.

As senhoras queixam-se que na altura houve a promessa que receberiam parcelas de terras para cultivar numa outra área porque ali o Governo construiria vários empreendimentos,para beneficio das próprias camponesas mas passados dois anos tudo ficou pela promessa.

As camponesas cultivavam aquelas terras que ficam a 44 quilómetros de Luanda, desde 1985, e em 2012 foram surpreendidas por homens que apareceram em nome do Governo com tractores e destruíram todas as culturas ali existente.

"Entraram com maquinas niveladoras, cavaram um grande buraco e pegaram as mangueiras, mandioqueiras, cajueiros atá a casa dos camponeses enterraram”, disse Domingas Sabino que acrescentou que uma camponesa morreu devido a essas acções.

“Com desgosto uma senhora caiu e acabou por morrer", contou Domingas Sabino que questionou a utilidade de um seminário realizado recentemente pelo Governo sobre o problema dos terrenos.

"Houve o seminário sobre terras, na segunda-feira, mas na ultima sexta-feira voltaram as máquinas aqui na área para destruir as nossas culturas e até à data presente continuam a destruir, somos 209 camponesas", afirmou.

As camponesas pedem ajuda ao Presidente da República, para resolver a situação. "Gostaríamos pedir ao Presidente da República José Eduardo dos Santos para apelar aos administradores municipais a que removam estes projectos de condomínio que só nos prejudicam”, disse Joana da Silva.

“Deixem o povo com suas lavras a trabalhar a vontade", conclui.

A VOA tentou contactar a Administração local mas sem qualquer sucesso.

Fonte