4 de dezembro de 2014

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“Caso Chevron, la Verdad no Contamina” é o livro que foi apresentado na noite de 3 de dezembro de 2014 por parte de Orlando Pérez, diretor editorial e o jornalista Nelson Silva, do Diaro El Telégrafo no auditório do Edificio de los Medios Públicos.

O objetivo da publicação deste livro, indicam os autores, é de ter um testemunho histórico escrito, para que seja estudado pelas atuais e novas gerações do Equador e o mundo. Além buscar lembrar que a transnacional estadounidense Texaco (ahora Chevron) não cumpre com a sentença ao não fazer a recuperação ambiental.

Em 272 páginas, o livro recompila revelações publicadas nesta mídia de comunicação e dados próprios baseados em estudos, investigações, relatórios médicos e testemunhos tanto privados como públicos, que mostrariam o dano ambiental e à saúde humana provocada pela Texaco-Chevron com sua operação em cinco milhões de hectares da Amazônia equatoriana durante cerca de três décadas; também da influência e pressão por parte da petroleira norte-americana no âmbito judicial, político, econômico e jornalístico, dentro e fora do país, para que não penalize por um dos dos maiores crimes ambientais.

Silva disse que uma das revelações mais importantes é como a imprensa privada, editores e jornalistas trataram o tema da contaminação deixada pela Texaco-Chevron. Expressa ademais:

Se evidência -e com documentos deles [da petroleira]- como foram recrutando jornalistas e articulistas para que digam tudo em favor deles.

Nelson Silva (jornalista de investigação)

Para o lançamento oficial foram convidados José Medardo Shingre, um dos habitantes da Amazônia equatoriana afetado pela contaminação ambiental.

Shingre reside em Tarapoa (província de Orellana) há mais de 40 anos e que como vítima da contaminação gerada por 28 anos de exploração e exploração anti-técnica do petróleo por parte da petroleira norte-americana Texaco-Chevron, deu seu testemunho em 24 de setembro de 2013, no contexto da 68 período de sessões da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ali, revelou a constante precariedade da vida de 30.000 índios e camponeses das províncias de Orellana e Sucumbíos, afetadas pela negligente operação e recuperação petroleira Texaco-Chevron. A recuperação ainda não foi dado, sendo que a Chevron foi condenada a cancelar uma indenização de nove mil quinhentos milhões [nove bilhões] de dólares aos 30 mil moradores da Amazônia equatoriana pelos danos ambientais ocasionados por sua filial Texaco com sua atividade petroleira por quase 30 anos.

Shingre é o camponês que com seu testemunho aos assistentes à Assembléia Geral da ONU revelou o efeito à saúde dos habitantes que morreram com câncer, feridas em seu corpo e que até agora devem tomar água contaminada. Shingre concluiu dizendo:

Queremos vida com dignidade e justiça.

José Medardo Shingre (cidadão Amazônico)

Texaco-Chevron nega a validade da sentença, chassificando-a ilegítima e acusa o tribunal de não ser imparcial. Também afirma que a sentença é inaplicável porque é contrária a um recente parecer da corte Permanente de Arbitragem da Haia (a qual a empresa recorreu para salvaguardar seus interesses acusando o Equador de violar o tratado bilateral de investimentos).

A petroleira também acusa que, "ante a falta de fatos ou evidências científicas, os advogados dos queixosos têm recorrido a fraude, suborno e pressão pública para extorquir dinheiro da empresa".

Um pré-lançamento do livro tornou-se de maneira especial na Cumbre para un Periodismo Responsable (Cupre) que realizou em 17 e 18 de novembro, em Guayaquil.

Fontes