23 de agosto de 2023

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Prigozhin

O líder dos mercenários do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, que em 23 de junho liderou um motim que causou caos no governo de Putin ao exigir a demissão de dois chefes militares, morreu esta tarde na Rússia num acidente de avião. O enfrentamento causou grande repercusão à época, envergonhando o Kremlin, com notícias circulando de que Putin havia deixado Moscou às pressas.

Segundo a imprensa, a aeronave, fabricada pela empresa brasileira Embraer, viajava de Moscou para São Petersburgo com outros nove ocupantes a bordo, incluindo três tripulantes.

"Como regra geral, Putin não permite que os traidores saiam impunes. Portanto, imagino que os dias de Prigozhin estejam contados. Se eu fosse Prigozhin, estaria constantemente olhando por cima do ombro", disse Thomas Graham, que atuou como diretor da Rússia no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca em meados dos anos 2000, para a Radio Free Europe em julho passado.

À época a Free Europe também escreveu que "Prigozhin enfrenta sua missão mais assustadora: permanecer vivo ou ficar fora da prisão. Ou ambos".

Entenda

Na sexta de 23 de junho à tarde, o líder do Grupo Wagner exigiu que Putin demitisse duas altas-autoridades que lideravam as ações de Guerra na Ucrânia, após parte de seus combatentes terem sido mortos por "fogo amigo". Os mercenários tomaram Rostov e no sábado, armados e em tanques de guerra, seguiram rumo a Moscou, fazendo com que autoridades deixassem a cidade. No sábado à tarde (em horário brasileiro), quando o mundo acompanhava com atenção o conflito, no entanto, o presidente de Belarus anunciou um acordo entre as partes, dizendo que havia mediado as conversas entre Putin e Prigozhin e que abrigaria o Grupo Wagner em Belarus.

O Grupo Wagner é majoritariamente formado por mercenários e entre os combatentes para lutarem na Guerra Rússia-Ucrânia havia homens recrutados entre criminosos presos na Rússia. De forma geral, membros do Wagner lutam em conflitos no Oriente Médio e na África, muitas vezes financiados não oficialmente pelo governo russo.

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Fontes