9 de agosto de 2005

Junichiro Koizumi em Brasília. Foto (arquivo):ABr.
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O premiê japonês Junichiro Koizumi fechou nesta segunda-feira (8) a Câmara de Representantes, a câmara baixa do parlamento, depois da votação da polêmica lei que privatizaria o serviço postal, que é por sua vez, o maior banco de poupanças do país, com fundos de US$3 bilhões.

O fracasso de Koizumi nesta votação – que se realizou na segunda-feira às 13:00 (04:00 UTC) e cujo resultado foi: 125 contra, 108 a favor, 1 abstenção e 2 ausências intencionais - se deveu em parte a uma rebelião no interior do próprio partido do premiê, o Partido Liberal Democrático (PLD), na Câmara de Vereadores, o Senado japonês. Entre os parlamentares, 22 do partido de Koizumi votaram contra.

Koizumi tinha assegurado que a privatização do serviço postal, que então se tornaria o maior banco do mundo, iria "revitalizar" a economia japonesa. Também tinha afirmado que a comercialização do serviço postal era o coração de sua política e tinha ameaçado com a dissolução do parlamento e a convocação de eleições imediatas se fosse derrotado, o que efetivamente ocorreu:

‘’Farei todos os esforços para que o PLD e o Novo Komeito ganhem a maioria e se não conseguirmos, eu não cooperarei com aqueles que se opõem à privatização do sistema postal (...) se fracassamos em obter maioria, renunciarei’’, tinha dito o premiê.

A divisão do Partido Liberal Democrático pode custar-lhe o poder, que pode ficar nas mãos do Partido Democrático do Japão, que parece acolher muitas das reformas propostas pelo atual premiê.

Às 15:00 (06:00 UTC) da segunda-feira, foram chamados os ministros do gabinete para dissolver a Câmara de Representantes, procedimento que só é válido se todos os ministros assinam um edital expedido em nome do imperador. Não obstante, Yoshinobu Shimamura, Ministro de Agricultura, Florestal e de Pesca, não quis assinar e renunciou.

A dissolução foi anunciada oficialmente às 19:07 (10:07 UTC) da segunda-feira (8).

Fontes