3 de setembro de 2024

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A justiça venezuelana emitiu um mandado de prisão contra o ex-candidato presidencial da oposição, Edmundo González Urrutia, no meio de uma investigação fiscal pela divulgação da ata das eleições de 28 de julho.

O Ministério Público está a investigar o embaixador reformado, de 75 anos, pela alegada prática dos crimes de “usurpação de funções, falsificação de documento público, instigação à desobediência de leis, formação de quadrilha, sabotagem para danificar sistemas e associações”.

González Urrutia foi convocado três vezes pelo MP, mas não compareceu, argumentando que não tinha garantias e que o procurador-geral “tem repetidamente se comportado como um acusador político” que “condena antecipadamente”. Diante disso, o Ministério Público solicitou mandado de prisão contra o ex-candidato, o qual foi rapidamente expedido.

Ao tomar conhecimento da medida, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, vencedora das primárias presidenciais da oposição, mas desqualificada para ocupar cargos públicos, reagiu garantindo que o governo Maduro perdesse “toda a noção da realidade”.

“Ao ameaçar o presidente eleito, apenas conseguem nos unir mais e aumentar o apoio dos venezuelanos e do mundo a Edmundo González. Serenidade, coragem e firmeza. “Seguimos em frente”, escreveu ele em X.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que um mês depois não publicou os dados desagregados das eleições presidenciais, declarou Nicolás Maduro vencedor para um terceiro mandato, mas a oposição, que publicou as actas lavradas pelas suas testemunhas de mesa, afirma que a vitória pertenceu a González Urrutia.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, disse na semana passada que uma terceira intimação seria emitida. A passagem alertava que González Urrutia deveria comparecer na última sexta-feira e que o não comparecimento indicaria que havia “perigo de fuga” e “perigo de obstrução”, portanto seria processado um mandado de prisão.

Fontes

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