6 de dezembro de 2022

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Cristina Kirchner

A vice-presidente Cristina Fernández de Kirchner foi condenada a seis anos de prisão por corrupção e impedida de ocupar cargos públicos, embora a sentença permaneça suspensa após um recurso esperado.

Embora a peronista Fernández de Kirchner, que foi presidente entre 2007 e 2015, não vá para a prisão até o trânsito em julgado da sentença e por ter privilégios, a decisão da Justiça vai gerar mais incertezas em um país que passa por uma crise econômica.

Ao ler a sentença, o Tribunal Federal 2 da cidade de Buenos Aires a considerou "autora criminalmente responsável pelo crime de administração fraudulenta em detrimento da administração pública".

Segundo o tribunal, durante os governos Fernández, contratos superfaturados de obras públicas foram entregues a um empresário próximo, Lázaro Báez, que posteriormente devolveu o dinheiro ao casal Kirchner.

Baez também foi condenado na terça-feira a seis anos de prisão.

Fernández repudiou a sentença e destacou que ela vem de uma “máfia judiciária” que decide sobre a vida e a liberdade dos cidadãos.

“Esta é a confirmação de um sistema paraestatal”, disse a ex-presidente em seu canal no YouTube em reação à decisão que também inclui sua inabilitação perpétua para ocupar cargos públicos.

A líder peronista registrou as declarações em seu gabinete no Senado, de onde acompanhou virtualmente o momento em que um tribunal federal formado por três desembargadores leu a sentença. Como vice-presidente, Fernández de Kirchner preside a câmara alta.

A ex-presidente sublinhou que o tribunal já tinha previsto a sua condenação desde o início do julgamento.

Cristina Fernández é a líder mais popular da aliança governista de centro-esquerda, que no ano que vem enfrentará eleições que, segundo as pesquisas, ela pode perder para a oposição de centro-direita.

Fontes