Advogado de defesa quer testemunhas no tribunal.
11 de dezembro de 2014
O julgamento do jornalista e activista angolano Rafael Marques, marcado inicialmente para a próxima segunda-feira, 15, foi adiado.
Marques disse à VOA que o adiamento foi pedido pelo seu advogado pelo facto de as testemunhas que deseja apresentar não estarem em Luanda.
O jornalista e activista é acusado de denúncia caluniosa por ter exposto alegados abusos contra os direitos humanos na região diamantífera da Lunda-Norte no seu livro “Diamantes de Sangue”.
Sete generais, liderados pelo ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, para além de representantes da direcção de duas empresas diamantíferas (sócios dos generais), nomeadamente da Sociedade Mineira do Cuango e da ITM-Mining, são os queixosos.
Os restantes seis generais, que desfilarão no Tribunal Provincial de Luanda na qualidade de queixosos, são Carlos Alberto Hendrick Vaal da Silva (inspector-geral do Estado-Maior General das FAA), Armando da Cruz Neto (deputado do MPLA), Adriano Makevela Mackenzie, João Baptista de Matos, Luís Pereira Faceira e António Emílio Faceira.
Os Repórteres Sem Fronteiras e outras 16 organizações de defesa da liberdade de imprensa e de expressão contestaram as acusações da justiça angolana contra Rafael Marques.
Em comunicado, aquelas organizações recordam que o único “crime” do jornalista foi “ter levado a cabo uma investigação e publicado um livro em 2011 sobre as violações dos direitos humanos relacionados com a exploração dos diamantes em Angola”.
Fonte
- Julgamento de Rafael Marques adiado — Voz da América, 11 de dezembro de 2014
Conforme os termos de uso "todo o material de texto, áudio e vídeo produzido exclusivamente pela Voz da América é de domínio público". A licença não se aplica a materiais de terceiros divulgados pela VOA. |
Esta página está arquivada e não é mais editável. |