30 de outubro de 2021

Renata Gil, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros
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As juízas afegãs e os familiares delas, que obteram vistos humanitários no Brasil, emitiram o Cadastro de Pessoas Físicas nesta semana. Com CPF poderão ter acesso a serviços como plano de saúde, abertura de contas bancárias e matrículas em escolas.

A chegada de juízas afegãs no Brasil é resultado da instabilidade política, econômica e social do Afeganistão após a tomada do país pelo grupo extremista Talibã. O processo foi resultado de um plano de articulação internacional encabeçado pela Associação dos Magistrados Brasileiros, entidade presidida pela juíza carioca Renata Gil. No total, são 26 pessoas: sete juízas — três das quais com maridos que também são juízes—, além de seus filhos e outros parentes próximos.

No dia 18 de outubro de 2021 ocorreu a primeira chegada de magistradas afegãs no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Ao longo de três dias as 26 pessoas desembarcaram no Brasil sendo dirigidas de São Paulo diretamente à Brasília. De acordo com a entidade, as magistradas estavam sendo ameaçadas depois da tomada do Afeganistão pelo Talibã.

A presidente da AMB Renata Gil informou que muitas delas falam inglês e estudaram no exterior e que deverão ter aulas de português, que serão ministradas pela Universidade de Brasília (UnB). A intenção é inseri-las no mercado de trabalho. Enquanto não puderem se sustentar, terão apoio no Brasil. A ação humanitária é em parceria com o governo federal.

Fontes