Portugal • 19 de fevereiro de 2009

José Sócrates em 2006.
Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

O primeiro-ministro português José Sócrates, recentemente eleito como secretário-geral do Partido Socialista (PS), descartou de forma implícita ontem qualquer possibilidade de um pacto de regime com o PSD para o combate à crise financeira internacional que atinge o Portugal. "O Governo entende que é preciso reforçar o investimento público, mas infelizmente tenho notado que há partidos que apenas tentam desmerecer tudo o que se faz", afirmou o chefe de Governo, após ter sido confrontado com um eventual cenário de acordo de regime com o maior partido da oposição. José Sócrates recordou ainda "diferenças entre a concepção do Governo para o combate à crise e as posições que têm sido transmitidas por algumas forças da oposição".

Entretanto, ontem a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, apresentou um programa de apoio às pequenas e médias empresas composto por vinte medidas. Manuela Ferreira Leite afirmou que "não é necessário pacto para nada" porque a sua postura é de "contributo sério" e de serviço ao país.

À margem da visita às obras de uma escola em Odivelas e da inauguração do novo Centro Escolar de Alenquer, José Sócrates, que esteve acompanhado pela ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, sublinhou que o que o Governo pretende é "reforçar o investimento público".

O primeiro-ministro considera que os "partidos apenas tentam desmerecer tudo o que se faz" e que consideram que "a única coisa que se deve fazer é o Governo ficar sentadinho à espera que a crise passe", noticia a SIC.

O chefe de Governo diz que essa não é a sua opção para combater a crise, sublinhando que "seria bom se todos percebessem que o investimento público é a questão central para combatermos a crise económica internacional".

O vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, José Eduardo Martins, considera que o eventual pacto de regime com o PS implicaria uma mudança na maneira de fazer política por parte dos socialistas.

José Eduardo Martins, em declarações ao Forúm da TSF, disse que um pacto PS/PSD para enfrentar a crise é uma hipótese muito remota, sublinhando que o objectivo dos social-democratas é reafirmar a diferença com o partido de José Sócrates.

Neste sentido, o vice presidente da bancada parlamentar do PSD diz que a maneira como os social-democratas consideram que o Estado deve intervir para resolver um problema gravíssimo de desemprego e estagnação da nossa economia» é bastante diferente da concepção do PS.

Desde que a crise financeira internacional iniciou em 15 de setembro do ano passado, José Sócrates está sendo criticado por partidos de oposição, especialmente PSD, de não tomar medidas contra crise que atingiu o país e ainda enfrentar as acusações de um dos familiares dele estão envolvidos no “Caso Freeport”.

Notícia Relacionada

Fontes