Agência VOA

Umaro Sissoko, João Mamadú Fadia e Augusto Olivais são os candidatos.

17 de outubro de 2016

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O Presidente da Guiné-Bissau tem entre mãos três nomes para o cargo de primeiro-ministro que vai liderar o chamado Governo inclusivo, como estipulado no acordo assinado entre as partes, com a mediação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Umaro Sissoko, um dos principais assessores do Presidente da República, João Mamadú Fadia, também próximo a José Mário Vaz, e até aqui director Nacional do Banco da CEDEAO, e Augusto Olivais, antigo secretário nacional do PAIGC são os nomes que estão sobre a mesa do Chefe de Estado que se encontra no Gana, antes de seguir para Portugal para uma visita privada.

Fontes da VOA apontam Augusto Olivais como o mais provável candidato, porquanto goza de alguma proximidade com o Presidente a República e dirigentes do PAIGC.

Informações disponíveis apontam que, contrariamente ao que foi acordado em Conacri (capital da Guiné) na semana passada pelas partes envolvidas no processo, o PAIGC e o PRS continuam a revindicar a liderança do futuro Governo.

O acordo indica que o próximo primeiro-ministro deve ser nomeado pelo Presidente, José Mário Vaz, desde que reúna o consenso de todos os actores políticos envolvidos no processo.

As partes acordaram realizar uma mesa-redonda inclusiva 45 dias após a nomeação do primeiro-ministro.

O fórum deverá adoptar um Pacto de Estabilidade a ser assinado pelas principais forças políticas e sociais, sobre prestação de contas e transparência na tomada de decisão institucional, reforma da constituição para estabelecer relações estáveis entre o Executivo, legislativo e judiciário, reforma da lei eleitoral e organização de eleições legislativas e locais em 2018, uma nova lei sobre os partidos políticos, a reforma do sector de defesa, segurança e justiça e implementação do programa apresentado pelo antigo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira aos doadores internacionais em 2014, "Terra Ranka".

Fontes