5 de abril de 2021

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O Príncipe Hamzah bin Hussein da Jordânia, que foi preso no sábado passado com cerca de 15 outras pessoas por envolvimento em questões que colocavam em risco a "estabilidade e segurança" do país, no que a imprensa chamou de uma tentativa de golpe de estado, disse hoje numa gravação que não vai obedecer às ordens de não se comunicar com o mundo exterior.

"Não vou obedecer quando eles disserem que você não pode sair, tweetar ou falar com as pessoas e só pode ver a família", disse Hamzah no vídeo que chegou a amigos e contatos próximos e foi divulgado pela oposição jordaniana.

Ele, um dos irmãos do Rei Abdullah II da Jordânia e que já foi Príncipe Herdeiro do país, cumpre prisão domiciliar.

Ontem, o vice-primeiro-ministro, Ayman Safadi, confirmou que havia um "esquema" do príncipe com aliados, incluindo Sharif Hasan bin Zaid, um membro da realeza do país, e Bassem Awadallah, antigo chefe da Casa Real, ex-assessor do rei e ex-ministro de Finanças, e que o complô havia sido descoberto após uma extensiva investigação realizada pelas Forças Armadas da Jordânia, pela Direção de Segurança Pública e pela Direção de Inteligência Geral.

Ao Washington Post um especialista em segurança do Oriente Médio também confirmou que havia movimentos em andamento para tentar destituir o Rei Abdullah, complô que teria também o apoio de diversos líderes tribais.

Abdullah recebeu o apoio de diversas lideranças de países árabes, entre elas do Rei Mohammed VI do Marrocos; do Rei Hamad bin Isa Al Khalifa de Bahrein; do Emir do Qatar, Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani; e do Emir do Kuwait, Sheikh Nawaf Al-Ahmad Al-Jaber Al-Sabah.

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