Agência VOA

2 de agosto de 2009

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O Sub-Secretário de Estado americano para Assuntos Africanos, Johnnie Carson, disse que os Estados Unidos querem fortalecer as suas relações com Angola, um país que considerou ter enorme potencial.

Carson descreveu Cabo Verde com uma história de sucesso em África, falando, na quinta-feira (30/7), em Washington, num breve encontro com a imprensa em que abordou a próxima vista da Secretária de Estado, Hillary Clinton. Clinton vai deslocar-se, entre outros países, a Angola e Cabo Verde.

O Sub-Secretário americano para Assuntos Africanos recordou que Angola é um dos grandes fornecedores de petróleo e gás liquefeito aos mercados americanos.

Clinton, disse ele, vai encontrar se com o presidente Eduardo dos Santos e vai "renovar os seus contactos com o ministro dos Negócios Estrangeiros angolano com quem se encontrou, há cerca de um mês atrás.

No que diz respeito a Cabo Verde, Johnnie Carson disse que aquele país é um Estado democrático, bem administrado e cujo governo tem usado a ajuda económica "extraordinariamente bem". A este respeito, o diplomata americano fez referência especial aos fundos entregues a Cabo Verde ao abrigo da Conta do Desafio do Milénio.

Johnnie Carson disse ainda que a administração Obama está disposta a fornecer ajuda ao governo de transição da Somália.

A Administração Obama está a tornar clara a sua disposição para continuar a ajudar o governo de transição somali na luta contra a ofensiva dos rebeldes islâmicos de linha dura que alegadamente mantêm laços com a Al-Qaida, estando agora a renovar os seus apelos a Eritréia a fim de pôr termo à sua ajuda aos militantes.

O Secretário de Estado Assistente para Assuntos Africanos, Johnnie Carson, fez aquela declaração por ocasião da digressão da Secretária de Estado, Hillary Clinton, na próxima semana, a sete nações africanas, tendo por foco várias questões, entre as quais, o problema da Somália e a estabilidade política do Zimbabue.

Os Estados Unidos disponibilizaram, nas últimas semanas, cerca de 40 toneladas de munições e outros suprimentos bélicos ao governo de transição da Somália, que se encontra sitiado por vários grupos insurrectos, liderados pela milícia de linha dura Al-Shabab, considerada pelos Estados Unidos como sendo um grupo terrorista.

Em declarações feitas aos jornalistas sobre a visita de Clinton a África, Carson disse que o governo de transição somali, que tem o apoio da União Africana e da sua missão de manutenção de paz, a AMISOM, representa a melhor alternativa para restaurar a estabilidade na Somália, tornando claro que os Estados Unidos estão dispostos a continuar a dar o seu apoio ao mesmo: "Estamos preparados a fornecer mais assistência ao governo de transição. Estamos preparados para continuar a dar apoio a AMISOM, que mantém no terreno tropas do Uganda e do Burundi e estamos preparados a trabalhar com os Estados da União Africana na busca de soluções para o problema da Somália.

Aquele diplomata americano reiterou as declarações da embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, a um painel do Congresso, na quarta-feira (29/7), criticando o apoio da Eritreia aos militantes, apoio que disse estar a minar as iniciativas do governo de transição.

A Secretária de Estado, Hillary Clinton, irá encontrar-se com o líder do governo de transição durante a sua primeira escala em Mogadíscio (Somália), a caminho de Nairóbi (Quênia), onde terá reuniões com os líderes de ambos os partidos principais no governo de unidade nacional do Quénia, e uma conferência com representantes da AGOA, o grupo que promove o comércio da África com os Estados Unidos.

Clinton desloca-se em seguida a África do Sul, Angola, Republica Democrática do Congo, Nigéria, Libéria e a Cabo Verde a fim de promover os temas da mensagem política do presidente Barack Obama no Gana, no princípio do mês passado, para a democratização, crescimento económico e a solução de conflitos em África.

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