29 de outubro de 2020
O presidente angolano responsabilizou a UNITA por um possível aumento de casos da COVID-19 no país e condenou aqueles que, segundo ele, violam as normas do estado de calamidade, embora reconheça o direito à manifestação.
Para João Lourenço, “o envolvimento direto da UNITA é reprovável e deve merecer o mais veemente repúdio da sociedade angolana, que não pode permitir que partidos políticos com assento parlamentar incitem os jovens e a população à desobediência civil".
Na abertura de mais uma reunião do Comitê Central em Luanda, o presidente acrescentou que "a UNITA deve assumir todas as consequências dos seus atos de irresponsabilidade, que podem contribuir para o aumento acentuado de novos casos de contaminação por covid-19".
Depois de referir-se aos investimentos feitos pelo governo na luta contra a pandemia, Lourenço responsabilizou o principal partido da oposição se o país voltar ao estado de emergência.
Para Lourenço, os jovens devem evitar ser manipulados “por aqueles que não têm a condição de resolver os vossos problemas de educação, saúde, habitação e emprego, porque estes problemas já estão sendo resolvidos, à medida do possível, pelo Executivo e seus parceiros, o setor empresarial privado”.
Sem se referir diretamente à prisão dos ativistas e ao processo judicial em curso, o presidente angolano lamentou a detenção de jornalistas “devidamente credenciados e no pleno exercício das suas funções, situação que espero não volte a acontecer”.
Fontes
- João Lourenço responsabiliza UNITA de incitar jovens à desobediência civil — Voz da América, 29 de outubro de 2020
Esta página está arquivada e não é mais editável. |