27 de junho de 2006

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O Primeiro Ministro japonês Junichiro Koizumi anuciou na terça-feira (20) a retirada de 600 soldados japoneses da Força de Auto-Defesa Terrestre que se encontra no Iraque. As tropas do país asiático estavam a realizar trabalhos de reparação de edifícios e atendimento médico na cidade de Samawa e arredores, desde o final de 2003.

Koizumi declarou durante entrevista coletiva na segunda-feira (19) que "as tropas de auto-defesa se dedicaram a atividades humanitárias e que sua retirada será paulatina, e coordenada com as tropas britânicas, australianas e com o Governo dos EUA". Em seguida, afirmou que a presença japonesa tem sido "enormemente apreciada tanto pelo governo iraquiano, quanto por sua gente".

Segundo o jornal japonês Asahi Shimbun, a transferência da responsabilidade pela segurança ao exército iraquiano na região - anunciada pelo Primeiro Ministro Nuri Al Maliki na segunda-feira (19) - é a principal razão adotada pelo governo de Tóquio. A previsão é que o último contingente saia em agosto, e que a Força de Auto-Defesa Aérea continue a prestar apoio logístico a partir da sua base no Kuwait. Segundo o jornal, a presença japonesa no Iraque gerou a criação de 900 novos empregos.

A presença do Japão no Iraque foi bastante criticada no país porque muitos consideraram-na uma violação do artigo 9 da Constituição de 1947, que declara a renúncia do Japão à guerra. Contudo, uma lei de 1992 permite que as Forças de Auto-Defesa participem de missões humanitárias ou supervisionadas pelas Nações Unidas. Uma outra lei, de 2003, permitiu que as forças militares japoneses tivessem autorização para estabelecer-se nas regiões iraquianas onde não se tinham notícias de combates.

Fontes