Recife, Pernambuco, Brasil • 15 de junho de 2009
A fragata Constituição, da Marinha brasileira, atracou na manhã de ontem no Porto do Recife, trazendo a bordo dezenas de destroços, bagagens e a maior peça do Airbus da A330, da Air France, resgatada até agora.
A operação para retirar da fragata a peça de 14 metros de altura e 4,5 metros de largura levou cerca de uma hora. A Aeronáutica não informa oficialmente de qual parte da aeronave é o pedaço encontrado. No entanto, extra-oficialmente, oficiais da Aeronáutica admitem que trata-se da cauda do avião.
De acordo com o comandante da fragata Constituição, capitão Marcos Sertã, a operação para recolher o destroço em alto mar durou cerca de seis horas e mobilizou 70 militares. De acordo com Sertã, apesar da complexidade da busca, os momentos mais difíceis foram os dois primeiros dos 13 dias de missão. “A angústia era muito grande, já que não encontrávamos nada”, lembrou.
A fragata, a primeira a resgatar corpos de vítimas do vôo 447 da Air France, passou antes por Fernando de Noronha, onde deixou mais três vítimas, que serão pré-identificadas pela Polícia Federal e por peritos do Instituto Médico Legal (IML) do Recife.
Em Recife, também desembarcaram outras 11 peças do avião e nove sacos com objetos pessoais dos 228 passageiros e tripulantes.
Investigadores franceses, acompanhados por peritos da Aeronáutica, já estão em Recife para o início do processo de análise dos destroços. O pedaço da cauda ficará guardado no Porto do Recife. Ainda não há data para ser transportado à França, onde as investigações estão concentradas.
Por enquanto, nenhum dos corpos encontrados foi identificado. O embaixador francês Pierre-Jean Vandoorne, que acompanha o trabalho dos peritos do IML e da Polícia Federal, espera que a identificação das vítimas dure bem menos que dois meses.
Fonte
- Edição: Fernando Fraga; Roberto Maltchik. Já está em Recife maior peça do Airbus resgatada no mar — Agência Brasil, 14 de junho de 2009, 13h03
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