17 de novembro de 2023

link=mailto:?subject=Israel%20fecha%20canal%20de%20notícias%20libanês;%20IFJ%20considera%20como%20"censura"%20–%20Wikinotícias&body=Israel%20fecha%20canal%20de%20notícias%20libanês;%20IFJ%20considera%20como%20"censura":%0Ahttps://pt.wikinews.org/wiki/Israel_fecha_canal_de_not%C3%ADcias_liban%C3%AAs;_IFJ_considera_como_%22censura%22%0A%0ADe%20Wikinotícias Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Israel fechou um meio de comunicação com sede no Líbano por alegações de que isso prejudica a segurança nacional.

O gabinete de segurança israelense votou pelo bloqueio do acesso às notícias via satélite de Al Mayadeen por "realizar esforços em tempo de guerra para prejudicar os interesses de segurança [de Israel] e servir aos objetivos do inimigo", de acordo com um comunicado do gabinete.

Após a votação, o Ministro das Comunicações, Shlomo Karhi, começou a trabalhar com a polícia numa proposta de bloqueio dos sites da Al Mayadeen e apreensão de equipamentos ligados à estação, de acordo com um porta-voz.

O porta-voz acrescentou que Karhi pediu ao chefe militar israelense na Cisjordânia que fechasse os escritórios da Al Mayadeen ali.

“Transmissões como estas identificam-se com o inimigo, ao mesmo tempo que prejudicam a segurança do Estado e serão bloqueadas. As transmissões e reportagens de Al Mayadeen servem as organizações terroristas desprezíveis, e chegou a hora de um acerto de contas com elas”, disse Karhi ao anunciar o encerramento.

A Reuters caracterizou o veículo como "pró-iraniano". Em e-mail, o vice-gerente geral do Al Mayadeen, Bahia Halawi, descreveu a medida como “um sério golpe à liberdade de imprensa”.

“Al Mayadeen é uma rede de notícias independente que oferece uma perspectiva alternativa importante sobre os acontecimentos na Ásia Ocidental, particularmente na Palestina”, escreveu Halawi. Ela acrescentou que acredita que a medida foi uma retaliação à cobertura crítica da empresa.

A Federação Internacional de Jornalistas, ou IFJ, criticou anteriormente a legislação que permitiria bloqueios como "uma tentativa de censurar" a cobertura da guerra "usando a segurança nacional como desculpa para restringir meios de comunicação críticos".

Na terça-feira, a IFJ descreveu a proibição de Al Mayadeen como “um sério golpe ao pluralismo da mídia e ao direito do público de saber”.

Fontes