23 de agosto de 2006

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Depois que se descobriu que o Irã estaria enviando material bélico para o Hizbollah através do território turco, as relações entre Israel e a Turquia ficaram um pouco abaladas.

O serviço de inteligência israelense descobriu que pouco antes do cessar-fogo em 14 de agosto, um caminhão saiu do Irã e passou pela Turquia com destino ao Líbano. Segundo os israelenses o caminhão transportava componentes para plataformas de lançamentos de mísseis móveis e seu destino e a carga seria entregue para a linha de combate do Hizbollah, na região sul do Líbano.

Depois que foram alertados pelos isralenses, o governo dos EUA fez um protesto formal junto ao governo turco e solicitou para que a Turquia cuidasse melhor das suas fronteiras. Aparentemente, a Turquia melhorou a segurança das fronteiras e resultado disso foi o facto de os turcos terem obrigado aviões iranianos suspeitos a pousar poucos dias atrás. Essa medida tomada pelo governo turco fez com que o Ministro das Relações Exteriores do Irã protestasse junto ao governo turco.

A Turquia faz parte da OTAN e planeja entrar na União Europeia. O país é parceiro comercial e fornecedor de água para Israel e existe cooperação entre os militares de ambos os países.

Apesar disso, o governo turco exibe traços de simpatia com as lideranças muçulmanas radicais da região. O partido governista Justiça e Desenvolvimento, é composto majoritariamente por muçulmanos e o Primeiro-Ministro da Turquia Recep Tayyip Erdoğan surpreendeu ao ser o primeiro chefe de Estado a convidar representantes do Hamas a visitar seu país depois que este grupo saiu vitorioso das eleições de janeiro para o Parlamento Palestino. Entre os representantes do Hamas que vieram à Turquia, estava o chefe da ala terrorista do grupo, Khaled Meshaal, suspeito de ter sido o mentor do seqüestro do soldado israelense Gilad Shalit em 24 de junho.

Em agosto, Erdogan defendeu publicamente Yassin al-Kadi, que segundo a União Europeia e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América, é um dos financiadores da rede terrorista Al Qaeda. Segundo a imprensa local, uma pessoa ligada a Yassin contribuiu para a campanha política de Erdogan.

Fontes