17 de setembro de 2011

Igraja de Cunha onde os corpor foram velados.
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As irmãs, Josely e Juliana foram vistas pela última vez na tarde de 23 de março após pegaram um ônibus para voltar da Escola Estadual Paulo Virgílio, onde estudavam, localizada no centro do município.

O pai das jovens costumava encontrar as filhas, todos os dias, por volta das 18h45, em uma estrada de terra e acompanhá-las até em casa. Contudo, na quarta-feira, ao chegar ao ponto, o ônibus já havia passado e as adolescentes não estavam. Desde o registro do desaparecimento, policiais realizaram buscas pela região com o auxílio de cães farejadores e do helicóptero Águia da Polícia Militar.

Na segunda-feira, dia 28 de março, os corpos foram localizados a cerca de 8 km do ponto onde desembarcaram do ônibus escolar em um local de mata fechada na Estrada da Samambaia, no Bairro Jacuí, zona rural da cidade.As meninas estavam vestidas e tinham marcas de tiros. Josely foi atingida por dois projéteis - na cabeça e no peito - e, Juliana, por quatro - três na cabeça e um no peito.

Os corpos das estudantes Josely Laurentina e Juliana Vânia de Oliveira foram velados e sepultados na manhã de 29 de março em Cunha, interior de São Paulo. Cerca de mil pessoas, entre parentes e amigos das jovens participaram das homenagens realizadas em duas igrejas da cidade e do enterro no cemitério municipal. O pai das meninas, José de Oliveira, afirmou que perdoa o autor dos crimes: “Jesus diz para perdoar, por mais que a pessoa tenha cometido uma ofensa, tem de perdoar. Só espero que quem fez isso não faça de novo com outras pessoas”, disse.

Os pais são casados há 19 anos e a família tira a renda da produção rural. “A Juliana sonha ser modelo. A Josely eu não sei. Ela gosta de falar que queria ser feliz”, afirmou a irmã mais velha delas, Betânia Oliveira.

Ananias dos Santos, 27 anos, preso na madrugada de 11 de abril, segunda-feira, em Cunha, a 217 km da capital paulista, afirmou que matou as irmãs Josely Laurentina, 16 anos, e Juliana Vânia, de 15 anos, porque as duas caçoavam dele, por estar apaixonado pela mais nova. Preso na casa dos pais, enquanto dormia, o suspeito disse que começou ficar com muita raiva das adolescentes porque, inicialmente, apenas Josely caçoava dele. Depois, Juliana também passou a fazer o mesmo.

Ananias diz que Josely chegou a dizer que ele não deveria "ter nada" com Juliana porque era um "caipira".

O rapaz confessou o crime e confirmou que era apaixonado por Juliana aos investigadores que efetuaram a prisão. Mário Celso Fagundes, da Divisão de Investigações Gerais (DIG) de Guaratinguetá, afirmou que, inicialmente, o suspeito disse ter usado um revólver para matar Josely e Juliana e que a arma teria sido jogada em um rio. Depois, decidiu contar onde estava a arma, desde que a polícia garantisse sua integridade física.


Fontes