13 de dezembro de 2020

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O jornalista iraniano Ruhollah Zam, filho de um clérigo xiita pró-reforma, foi executado no sábado, informou a televisão estatal iraniana.

Em junho de 2020, um tribunal do Irã o considerou culpado de "corrupção na terra" por dirigir um popular fórum antigovernamental, que autoridades disseram ter incitado os protestos iranianos de 2017-2018.

O Irã disse na terça-feira que sua Suprema Corte manteve a sentença de morte de Zam, que foi capturado em 2019 após anos vivendo no exílio na França.

A TV estatal disse que Zam, "diretor da rede contra-revolucionária Amadnews, a qual tinha mais de um milhão de seguidores, foi enforcado esta manhã". A França e grupos de direitos humanos condenaram a decisão da Suprema Corte.

O grupo de defesa da imprensa Repórteres sem Fronteiras (RSF) condenou a execução. "A RSF está indignada com este novo crime da justiça iraniana e vê Supremo Líder Aiatolá como o mentor desta execução", tuitou o grupo.

A Anistia Internacional mencionou que ficou "chocada e horrorizada" com a ação do Irã. "Apelamos à comunidade internacional, incluindo os Estados membros do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas e da União Europeia, a tomar medidas imediatas para pressionar as autoridades iranianas a interromper o uso crescente da pena de morte como arma de repressão política".

Fontes