18 de junho de 2006

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Em jogo realizado em Leipzig (às 21:00 locais; UTC-2) a equipe da França empatou em 1 a 1 com a Seleção Sul-Coreana de Futebol pela segunda rodada do Grupo G da Copa do Mundo de 2006. A França mais uma vez não deu tudo de si e viu os coreanos empatarem o jogo no segundo tempo, para surpresa geral e para a alegre e barulhenta torcida dos asiáticos. O resultado complicou a situação da França no grupo, que agora soma seu segundo ponto após ter empatado com a Suíça sem gols. Os coreanos mantêm a liderança do grupo - junto com a Suíça - com 4 pontos (haviam derrotado Togo por 2 a 1) e surpreendem com a proximidade da segunda fase. Para passarem às oitavas só precisam de um empate diante da Suíça (que derrotou e eliminou Togo por 2 a 0) caso a França não derrote os africanos. Provavelmente derrotará, e as vagas depemderão do saldo de gols e do confronto final entre suíços e coreanos.

O jogo

A França começou o jogo procurando marcar um gol, fato que não ocorria à 8 anos, desde a vitória na final da Copa do Mundo de 1998 contra o Brasil. A procura surtiu efeito, e Henry (que estava como Ronaldinho; bem no time, mal na seleção) ao receber passe de Zidane, gira e chuta no canto, abrindo 1 a 0. A pressão francesa dura até a metade do tempo, quando os Bleus começam a rodar a bola e gerenciar o resultado. A Coréia, tecnicamente mais fraca mas cheia de vontade dominava o jogo no meio do campo, mas chegava com ineficiência ao ataque. Os asiáticos levaram algum perigo em bolas aéreas e a França teve chances em tabelas e chutes de seus atacantes, como uma bola na trave de Ribery.

A pressão inicial das equipes inverte no início da segunda etapa. A França desiste do segundo gol e deixa a Coréia tomar conta das ações no jogo. Os fãs coreanos faziam até ali a melhor atuação de uma torcida neste Mundial; o coro não cessava e estimulava seus compatriotas, além de que cerca de 25 mil asiáticos estavam presentes no estádio. Isto estimulou os jogadores e em uma cabeçada após cobrança de escanteio, Barthez vai buscar a bola dentro do gol, para desespero dos coreanos. A pressão continua e aos 30, Chun Soo chuta bola pra área e Hung Nan desvia-a na frente de Barthez; a bola encobre o arqueiro francês e Thuram, entrando sem jeito no ângulo, empatando o jogo. A França tem cerca de 10 minutos para reverter a tragédia e busca o gol, apesar de desperdiçar chances na pressa. A Coréia continua pressionando e a partida termina com um toma lá-dá cá.

Zidane toma o segundo amarelo nesta partida e está fora da decisão com o Togo. Se a França não passar de fase, será a despedida melancólica de um dos maiores jogadores desta geração. A França precisa vencer e esperar um resultado favorável do outro jogo para passar de fase. A Coréia só depende de suas forças. Isto prova que a 4º colocada da Copa do Mundo de 2002 não é fogo de palha; quase eliminar a França já é um sinal de avanço no time do técnico holandês Dick Advocaat.