Bélgica • 16 de janeiro de 2015
A operação antiterrorista realizada nessa quinta-feira (15) à noite em diversas localidades da Bélgica é destaque hoje (16) nas primeiras páginas dos jornais do país. Ilustradas com fotos de agentes policiais e das forças especiais, encapuzados durante a ação em Verviers, no Leste da Bélgica, onde dois jihadistas foram mortos e um terceiro ferido, as manchetes da imprensa belga destacam que as autoridades “frustraram ataques iminentes” que tinham como alvo a própria polícia.
“Os jihadistas visavam à polícia”, escreve o diário Le Soir. Citando fontes da procuradoria federal, acrescenta que os terroristas, que regressaram recentemente da Síria e que tinham quatro metralhadoras kalachnikov e produtos destinados ao fabrico de bombas, visavam a praticar atentados contra comissariados da polícia.
Segundo o La Dernière Heure, “os terroristas tinham um único objetivo: chocar a Bélgica ao atacar a polícia”, disse Eric Van Der Sypt, porta-voz da Procuradoria Federal, que admitiu que a atenção dos suspeitos estava “centrada sobretudo na polícia”. Citando “fontes judiciais próximas do processo”, o alvo principal era a nova sede da Polícia Federal em Bruxelas “e estava também planejado um rapto”, provavelmente de alguém com alto cargo na hierarquia policial.
“Atentados iminentes prevenidos na Bélgica”, escreve o La Libre Belgique, que, em um dossiê especial de 12 páginas, destaca o fato de a localidade de Verviers, perto da fronteira com a Alemanha, ser, há vários anos, “um ninho de radicais”. Entre os jornais francófonos, o La Capitale saúda a intervenção policial, com a manchete "A Bélgica atinge os terroristas". Entre os jornais da Flandres, em flamengo, o De Staandard assinala na manchete “Polícia (era o) alvo do terror”, enquanto o De Morgen adverte que “A Bélgica ainda receia ataques: o perigo ainda não passou”.
Fontes
- ((pt)) Graça Adjuto. Imprensa belga destaca operação que preveniu ataque contra polícia — Agência Brasil, 16 de janeiro de 2015
A versão original, ou partes dela, foram extraídas da Agência Brasil, sob a licença CC BY 3.0 BR. |
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