28 de outubro de 2024

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A República das Ilhas Marshall obteve uma vitória diplomática após ser eleita para representar a região do Pacífico no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas de 2025 a 2027. Ela prometeu em uma postagem no X (antigo Twitter) promover a pauta dos pequenos estados insulares que lutam contra o impacto severo das mudanças climáticas.

O país também reiterou sua demanda por justiça nuclear ao chamar a atenção da ONU e do governo dos Estados Unidos por seu papel na realização de testes nucleares no país de 1946 a 1958. Durante esse período, os militares norte-americanos realizaram pelo menos 67 testes, nos quais cerca de 318 dispositivos explosivos foram lançados no Pacífico, perturbando os ecossistemas marinhos e causando danos permanentes às áreas adjacentes. Os testes também liberaram grandes quantidades de radiação, o que causou impactos devastadores à saúde dos habitantes da ilha, incluindo queimaduras, defeitos congênitos e câncer.

O poder explosivo total durante esses testes foi milhares de vezes mais forte do que o da bomba atômica que destruiu Hiroshima em 1945.

Um diálogo interativo patrocinado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU destacou o impacto destrutivo dos testes. A alta comissária adjunta da ONU, Nada Al-Nashif, resumiu as conclusões do escritório.

Na 79ª Assembleia Geral da ONU, a presidente das Ilhas Marshall, Hilda Heine, pediu que a ONU desse o exemplo, pedindo desculpas por sua decisão de aprovar os testes nucleares na década de 1950.

Heine também afirmou que “sem verdade, não pode haver justiça”, referindo-se à recusa do governo dos Estados Unidos em divulgar documentos relacionados a testes nucleares.

Danity Laukon, especialista em currículo do Sistema de Escolas Públicas da República das Ilhas Marshall, representou os jovens em um evento paralelamente à ONU em Genebra. Ela ressaltou as consequências duradouras dos testes nucleares em seu país.

Fontes

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