Guiné-Bissau • 5 de abril de 2009

João Bernardo Vieira, o antigo presidente da Guiné-Bissau.
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O primeiro-ministro do Guiné-Bissau anunciou que o país continuará a adiar eleições até junho, devido ao aumento da violência. As eleições são a fim de substituir o ex-presidente, que foi assassinado no mês passado. Francisco José Fadul, o ex-primeiro-ministro da nação, diz que ele foi espancado por homens que estavam uniformizados.

"Os homens uniformizados forçaram seu caminho em minha casa. Eles começaram a maltratar-me, batendo e arrastando-me várias vezes ao longo do chão", disse Fadul, citado pela Agência France-Presse. Segundo a Agence France-Presse, a Anistia Internacional afirmou que houve espancamento seguido à detenção e tortura de Pedro Infanda, um conhecido advogado. Infanda foi detido durante quatro dias, durante o qual ele foi espancado.

Em 2 de março, soldados renegados assassinaram o presidente João Bernardo Vieira, no que é considerado uma vingança após uma explosão matou a liderança rival, o chefe militar General Batista Tagmé Na Wai.

"A data de 28 de junho está definida para a realização de eleições presidenciais e todas as partes, o governo, o presidente interino e classes políticas estão de acordo", disse aos jornalistas Carlos Gomes Jr. na tarde de terça-feira.

De acordo com a Constituição do país, o Presidente da Assembleia Nacional Raimundo Pereira se tornou presidente interino após a morte de Vieira. A Constituição afirma que as eleições devem ser realizadas no prazo de sessenta dias da morte do presidente, no entanto, o governo adiou a data para outros sessenta dias.

Guiné-Bissau está situada na costa Oeste Africana, a norte da Guiné e do sul do Senegal. Ela tem sido afetada por frequentes conflitos civis e golpes. O povo pediu 2,5 mil milhões de francos CFA, ou US$ 5,01 milhões, para a comunidade internacional para o financiamento das eleições.

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