14 de setembro de 2021

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Agência VOA

Como a VOA informou no domingo, 11, o Presidente da Guiné-Bissau afirmou ter sido convidado para integrar uma missão de chefes de Estado da CEDEAO que ajudará a resolver a crise na Guiné-Conacri.

As fronteiras entre a Guiné-Bissau e a Guiné Conacri estão encerradas desde outubro de 2020, o que teve e ainda tem impacto directo no mercado interno nacional.

Por isso, muitos analistas defendem que a Guiné-Bissau é um dos grandes interessados na atual situação no país vizinho.

O especialista em Relações Internacionais, Fernando da Fonseca, é de opinião que qualquer intervenção que a Guiné-Bissau possa ter será de um pacificador.

"Sabemos que para o país ser pacificador, para que possa contribuir na resolução de um conflito, precisa de algum repertório. Reportório de ser um país que cumpre com os princípios democráticos, que cumpre as normas constitucionais e ser um país que, de facto, é visto ou uma imagem positiva perante o país que está em crise", assinalou.

Para o jornalista da Rádio Pública, Bacar Camará, a Guiné-Bissau não pode ter outro papel em relação à crise na Guiné-Conacri, que não seja de ajudar a desanuviar a tensão política e militar no país vizinho.

Aliás, para Camará, esta é uma “grande oportunidade” para as autoridades ultrapassarem os problemas, até aqui, existentes entre os dois países.

"Lembro-me que com Alpha Condé na Presidência da República da Guiné Conacri e Umaro Sissoco Embaló na Guiné-Bissau por cá, as relações entre Bissau e Conacri não foram das melhores e esta ocasião pode ser uma oportunidade para ultrapassar esse diferendo", concluiu Camará.

Nas declarações no domingo aos jornalistas, o Presidente guineense condenou o golpe de Estado e revelou ter indicado ao líder dos golpistas que tanto ele como a Guiné-Bissau são contra este tipo de intervenção.

O Governo, no entanto, nunca se pronunciou.

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