24 de março de 2022
A pouco menos de cinco meses para a realização das eleições em Angola verifica-se o crescer do movimento de greves sobretudo, no sector público.
Em determinados círculos de opinião interroga-se se elas têm como objectivo criar dificuldades ao Governo em ano de eleições.
Greve dos professores do Ensino Superior, greve dos enfermeiros, greve dos médicos, greve dos funcionários do Tribunal Supremo são as mais recentes.
A União Nacional dos Trabalhadores de Angola, UNTA, descarta qualquer motivação politica por trás das greves.
O presidente Manuel Viaje considera a degradação da situação socioeconômica dos trabalhadores como o principal motivo do aumento das greves no sector público.
- Falta de diálogo
“Há um quadro de grande precariedade social que faz com que os trabalhadores movam a arma que têm que é a greve, para pressionar de alguma forma a outra parte a reagir”, afirmou Viaje, para quem “não tem nada a ver com o momento eleitoral, trata-se do acumular de situações que não foram resolvidas a tempo e agora os trabalhadores estão a ser mais consequentes nas suas reivindicações.”
Outro aspecto evocado por aquele líder sindical é a falta de abertura para dialogar do Executivo.
“Não ha diálogo, o Conselho Nacional de Concertação Social quase não existe”, sublinhou, fazendo notar que “neste mandato só se reuniu uma vez, há um déficit muito grande de diálogo social.”
Fontes
- ((pt)) Greves aumentam em ano eleitoral em Angola — Voz da América, 24 de março de 2022
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