18 de março de 2022
Moçambique já se ressente do impacto da guerra na Ucrânia e o Governo foi obrigado a tomar medidas para controlar o mercado dos combustíveis.
Os alarmes há muito que soaram e o inevitável já é uma realidade.
Através de um diploma ministerial, o Executivo anunciou seis medidas fiscais para travar o aumento do preço da gasolina e do gasóleo no país.
Economistas dizem que eram necessárias, mas têm dúvidas da sua sustentabilidade a longo prazo.
“São medidas de curto prazo e, caso a tendência no mercado internacional prevaleça, o Governo não terá outra alternativa, se não agravar o preço, pois, com as margens de corte que está a aplicar, já não haverá por onde cortar”, diz o economista Elcídio Bachita.
As seis medidas consistem incidem, essencialmente, nas receitas de quem tem neste sector o seu negócio.
No geral, reduzem as margens de lucro dos distribuidores e retalhistas, em 15%, o custo para o Fundo de Estabilização em 50%, as margens para os armazenistas em 30% e de manuseamento em cinco por cento.
O que parece ter impacto directo para travar a subida dos preços no consumidor final de combustível, é, para o economista Elcidio Bachita, um sinal de alarme para quem está neste negócio.
“Os postos de venda, os que importam combustível vão ganhar menos e, se a situação prevalecer por mais tempo, isso vai comprometer a continuidade de muitos neste negócio”, diz o também economista Egas Daniel.
Fontes
- ((pt)) Governo moçambicano toma medidas para mitigar impactos da guerra no consumo — Voz da América, 18 de março de 2022
Conforme os termos de uso "todo o material de texto, áudio e vídeo produzido exclusivamente pela Voz da América é de domínio público". A licença não se aplica a materiais de terceiros divulgados pela VOA. |
Esta página está arquivada e não é mais editável. |